Em depoimento à Polícia Federal (PF) nesta quarta-feira (26), Jair Bolsonaro (PL) afirmou que encaminha "todas as mensagens que lhe interessam para seu WhatsApp" ao se referir ao vídeo golpista que publicou - e apagou horas depois - no dia 10 de janeiro, dois dias após os ataques terroristas promovidos por apoiadores na Praça dos Três Poderes, em Brasília.
No depoimento, Bolsonaro afirmou que "enquanto esteve internado, foi medicado com morfina, conforme documentação médica apresentada; que no dia 10/01/2023, tão logo saiu do hospital, já em sua residência, visualizou o vídeo postado na página do Facebook de uma pessoa desconhecida, que se interessou em assisti-lo com mais cuidado posteriormente" e que, por esse, motivo teria resolvido encaminhá-lo para o WhatsApp.
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No entanto, Bolsonaro diz "que todavia, ao clicar duas vezes na opção compartilhar, o vídeo passa a constar da sua própria página do Facebook", confirmado a tese revelada por seus advogados de que publicou o vídeo "sem querer" na rede.
Em seguida, o ex-presidente diz ter sido alertado sobre a postagem por outras pessoas e que "não leu ou acompanhou qualquer comentário".
Bolsonaro ainda afirmou que não havia assistido ao vídeo "em sua integralidade", que não conhece a pessoa que aparece contestando o resultado das urnas no vídeo e que "considera a eleição de 2022 uma página virada em sua vida".
"Por fim, o declarante reitera que repudia e condena todo e qualquer ato que vise a abalar a ordem democrática e que durante os seus quatro anos de governo sempre atuou dentro das 'quatro linhas da Constituição", diz o depoimento colhido pela PF.