Cotado para ser um dos membros titulares da cota governista da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPMI) dos atos golpistas, o deputado Rogério Correia (PT-MG) afirmou em entrevista ao Fórum Café nesta quinta-feira (27) que Jair Bolsonaro (PL) deve ter seus sigilos quebrados - sem especificar quais - e que o vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente e comandante do chamado Gabinete do Ódio, deve ser convocado a depor.
"Ontem, no depoimento dele, ele confessa que compartilhou o vídeo depois do 8 de janeiro, chamando para outro golpe. E a defesa dele teve a cara de pau de repetir o que ele disse para a Polícia Federal, que ele estava sob efeitos de remédios e sem querer compartilhou. É compartilhamento sem dolo, sem querer. É a cara de pau de Bolsonaro. Mas, ele confessa, insistindo na tese golpista, que foi o que ele fez o tempo inteiro. Então, ele com certeza terá os sigilos quebrados e vai ser o principal investigado nessa CPI", afirmou o deputado.
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Em seguida, Correia afirmou sobre a possibilidade de convocação dos filhos de Jair Bolsonaro (PL), mesmo com a hipótese do deputado Eduardo (PL-SP) e do senador Flávio (PL-RJ) serem membros da CPMI. Quanto a Carlos, a convocação é praticamente certa, segundo o petista, que é vice-líder do governo na Câmara.
"Ele era o chefe do Gabinete do Ódio. Quando nós quebrarmos os sigilos de tudo isso e a PF já deve ter isso. O tiro no pé deles é muito grande. Imagina o arsenal que a PF já tem contra os golpistas, sobre autores intelectuais do crime e aqueles que agiram nos bastidores da internet.[...] Eles estão brincando fogo. Quando tivermos acesso a isso, vamos ver com certeza que o Carluxo, no Gabinete do Ódio, foi um dos que mais alimentou isso. Então, esse gabinete vai cair. Aquilo que eles falavam da festa da Selma nas redes sociais vai instalar as digitais desse pessoal todo e de muitos deputados. E do Carluxo com certeza. Mas, é bem provável que além disso, Flávio Bolsonaro, Eduardo Bolsonaro, [Carlos] Jordy, esse André Fernandes [...]. Esses também vão chegar neles", disse Rogério Correia, que ainda citou Carla Zambelli (PL-SP).
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