Sob risco de ter seu mandato cassado e até mesmo ir parar na prisão, Sergio Moro (União-PR) afinou da disputa com Gilmar Mendes após acusar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) de vender habeas corpus.
Em vídeo que viralizou nas redes sociais, o ex-juiz da Lava Jato, que ocupa cadeira no Senado, atacou Gilmar Mendes e fez a acusação gravíssima.
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"Não... Isso é fiança do instituto. Vai comprar um habeas corpus do Gilmar Mendes", diz o senador a uma pessoa que está a seu lado, mas não aparece nas imagens.
No mesmo dia em que o vídeo veio à tona, Mendes entrou com uma representação contra Moro, que foi acatada pelo Procuradoria-Geral da República, que pede pena de prisão para o senador.
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O pedido da PGR sustenta que Moro "sabia perfeitamente da gravidade do que falava e fez isso publicamente", sendo gravado e rodeado de pessoas, para que o fato fosse amplamente divulgado.
Em entrevista coletiva, Moro ligou o modo desespero e chegou a gaguejar, repetindo que a grave acusação feita contra Gilmar Mendes foi retirada de contexto e feita "de brincadeira".
Em entrevista às Páginas Amarelas, da revsita Veja, divulgada nesta quarta-feira (26), o ex-juiz afinou e afirmou que deve desculpas ao magistrado.
"Eu dei uma declaração infeliz. A gente pode, eventualmente, se desculpar é por ter dado uma declaração infeliz. Mas não se desculpar por ter caluniado ninguém. Porque eu não caluniei ninguém", disse Moro, baixando o tom.
O senador ainda se declarou "inocente" e disse que foi Mendes quem começou a atacá-lo, se colocando como vítima.
"Eu não tenho ofendido ninguém, eu tenho grande respeito pelo Supremo Tribunal Federal pelos ministros embora eu também tenha a minha liberdade de crítica como qualquer outra pessoa assim como elogio decisões também as crítico e me surpreendi quando ele veio aqui inclusive e deu declarações ofensivas em relação a minha pessoa", afirmou.