O ministro-chefe interino do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Ricardo Cappelli, concedeu entrevista ao programa Fórum Onze e Meia desta segunda-feira (24). Ele deu um panorama sobre a situação do órgão e sobre os esforços do governo para combater o extremismo no seio do Palácio do Planalto.
Cappelli, que originalmente era secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, também foi o interventor na Segurança Pública do Distrito Federal após o 8 de janeiro. Ele assumiu o GSI provisoriamente depois da demissão do general Gonçalves Dias do cargo.
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O ministro interino não teme a instauração de uma CPMI sobre os atos de 8 de janeiro no Congresso. "Não vi novidade nenhuma nas imagens divulgadas. O país foi vítima de uma tentativa de golpe liderada por extremistas que se recusam a aceitar o resultado democrático das urnas. As imagens confirmam isso. Não é possível falsificar a história. Não é possível reescrever os fatos", disse.
Ele assegura a continuidade das investigações no âmbito da Polícia Federal e dentro do Gabinete de Segurança Institucional. "Os inquéritos continuam abertos pela Polícia Federal, há uma sindicância aberta aqui no GSI. Eu determinei a apresentação do prazo final. As investigações seguem", disse. "A CPMI, se instalada, vai apenas confirmar aquilo tudo que o Brasil já sabe, que foi a tentativa inaceitável e inadmissível de golpe contra a democracia brasileira", completou.
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Heleno conspirou
Após o surgimento de debates e pressões pela extinção do órgão, Cappelli foi enfático ao dizer que, mesmo com a reestruturação, não são todos os servidores do GSI que tem aspirações golpistas.
"Não podemos deixar que um elemento da conjuntura contamine um debate estratégico para o país. São funções e atribuições que me parecem estratégicos, e precisamos debatê-lo à luz dos interesses do Estado Brasileiro", disse.
Para ele, uma chave para entender a conspiração contra a democracia está no antigo chefe do órgão. "Quem esteve à frente do GSI conspirando abertamente contra a democracia brasileira durante quatro anos foi o general Augusto Heleno", disse. "Conspiração não passa recibo. Não é fácil constatar a materialidade. Mas é de domínio público as declarações proferidas por ele e por outros incentivando, na tentativa de deslegitimar o resultado das urnas e incentivando levantes contra a democracia brasileira.", completou.
Confira a entrevista completa de Cappelli ao Fórum Onze e Meia desta segunda-feira: