Trabalhando sem folga desde que assumiu o comando interino do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República na última quinta-feira (20), Ricardo Cappelli mostra ter informações suficientes que podem comprovar que a reportagem de Leandro Magalhães, da CNN, que mostram o general Gonçalves Dias atordoado em meio a terroristas no Palácio do Planalto em 8 de janeiro seria uma armação.
Após acusar manipulação nas imagens das câmeras de segurança com "claro intuito de atingir o governo e G. Dias", Cappelli colocou o ex-mandatário da pasta, Augusto Heleno, e o candidato a vice na chapa de Jair Bolsonaro (PL), Walter Braga Netto, na mira das investigações em tuite publicado na manhã deste domingo (23).
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"Eu sei o que vi e ouvi comandando as tropas no dia 8/01. Não é possível falsificar os fatos criando uma narrativa a-histórica como tentam fazer extremistas terraplanistas. Onde estão Heleno e Braga Neto? Se há um general conspirador e golpista, certamente não é o honrado Gdias", tuitou Cappelli, repetindo o termo usado pelo ministro Flávio Dino (Justiça) em audiência na Comissão de Segurança da Câmara que o fez cair na gargalhada.
Em entrevista a Sylvio Costa, no Congresso em Foco neste sábado (22), Cappelli afirmou que as investigações da Polícia Federal sobre os atos terroristas "muito possivelmente" vão vincular Heleno à tentativa de golpe do 8 de janeiro.
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"Ele desapareceu. Acho que quem se esconde teme a verdade, essa é minha opinião. O general Heleno está escondido. Onde? Quem consegue falar com ele? Todo dia recebo jornalistas que dizem que ele não recebe ninguém, não fala com ninguém. Por que o general Heleno se escondeu? Cadê a valentia dele?”, indagou Cappelli.
Indagado sobre qual teria sido a participação de Heleno, Cappelli afirmou que "as investigações vão provar".
"As investigações vão provar, vão mostrar. Mas me chama atenção o fato de o valente, o valentão, que vivia aí incitando ataques às instituições da República, estar desaparecido há quatro meses. Cadê ele?", indagou novamente.
O interventor ainda indagou sobre outros dois ex-ministros generais do governo Bolsonaro: Braga Netto (Defesa) e Luiz Ramos (Articulação Institucional). "As investigações vão provar, vão mostrar. Mas me chama atenção o fato de o valente, o valentão, que vivia aí incitando ataques às instituições da República, estar desaparecido há quatro meses. Cadê ele?".
"Pergunta a algum jornalista que se relaciona com eles se consegue falar com eles. Pega alguma declaração deles. Desapareceram! Por quê? Cadê a valentia deles? Contra as instituições, contra o Brasil! Mas é coerente, né? Coerente com a covardia do chefe deles, que perdeu a eleição e foi se esconder nos Estados Unidos", emendou.