RACHADINHA

"Tratado como um rato": Carlos Bolsonaro vive "instabilidade emocional" por medo de ser preso

Publicação no Twitter em que anuncia que abandonará o comando das redes do pai seria mostra do desequilíbrio de Carlos, único filho político de Bolsonaro que não tem foro privilegiado.

Jair e Carlos Bolsonaro.Créditos: Flickr/Bolsonaro
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Após anunciar que vai abandonar o comando das redes do pai, Jair Bolsonaro (PL), por "ser tratado de modo que nem um rato mereceria", o vereador Carlos Bolsonaro estaria vivendo "instabilidade emocional" diante do risco iminente de ser o primeiro da família a ir para prisão devido a um processo de corrupção.

Carlos anunciou no último domingo (16), que deixaria "em breve" o comando das redes do pai porque "pessoas ruins se dizem as tais e ganham muito com o suor dos outros que trabalham de verdade e isso não é excessão [NR.: ele escreveu assim mesmo, com dois esses] aqui".

"Não sairei sem avisar. Até lá tentarei me manter como sempre, sozinho, mas com muita energia. Não acredito mais no que me trouxe até aqui, mas torço para que tudo dê certo para todos", escreveu o vereador, de forma confusa.

Segundo Thaís Oyama, jornalista do Uol que escreveu um livro sobre os bastidores do clã, a publicação é uma das mostras da "instabilidade emocional" do filho de Bolsonaro.

Carlos é o único da família que não tem foro privilegiado e estaria prestes a enfrentar julgamento sobre o processo que investiga o esquema de corrupção conhecido como "rachadinha" em seu gabinete.

De acordo com a jornalista, o Ministério Público do Rio de Janeiro recebeu o último laudo pericial que contém o caminho do dinheiro para pagar envolvidos no esquema de corrupção.

Segundo investigações, o esquema de rachadinhas teria sido implantado por Ana Cristina Valle, esposa "02" de Bolsonaro, primeiramente no gabinete de Carlos Bolsonaro, eleito vereador pela primeira vez aos 16 anos após ser emancipado pelo pai para disputar a vaga com a mãe, Rogéria Nantes.