"POR TODO MAL"

Prisão de Carlos Bolsonaro é vista como “justiça” por opositores

"Que esse sujeito abjeto sinta na pele o que causou nos outros", diz Felipe Neto. MP concluiu laudo sobre movimentações financeiras do vereador do Rio, considerada uma das últimas fases da investigação sobre organização criminosa no seu gabinete

Créditos: Reprodução/YouTube
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O vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) parece estar vivendo momentos de tensão, apesar do recente nascimento da filha nos Estados Unidos – um bebê traz sempre alegria para as famílias. O que preocupa o filho do ex-presidente é a conclusão da investigação que apura peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa em seu gabinete por meio da contratação de funcionários fantasmas e da prática de ‘rachadinhas’.

Dos filhos de Bolsonaro, Carlos é o único que não tem foro privilegiado. Na última semana, os peritos do Ministério Público do Rio de Janeiro entregaram um laudo sobre as movimentações financeiras do vereador, que teve seu sigilo quebrado a pedido do MP e autorizado pelo juiz Marcello Rubioli, da 1ª Vara Criminal Especializada do TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio). Na decisão, o juiz aponta Carlos como “chefe de uma organização criminosa”. O laudo seria uma das últimas etapas da investigação.

Em breve, o MP deve decidir se vai oferecer denúncia contra Carlos e se ele será réu. O medo da prisão estaria causando uma “instabilidade emocional” no “Zero Dois”, como o ex-presidente gosta de chamá-lo, conforme noticiou Thays Oyama.

E a expectativa de que Carlos pode vir a ser preso foi celebrada nas redes, especialmente por quem diz ter sido vítima do vereador.

“Que esse sujeito abjeto sinta na pele o que causou nos outros. Foi ele que mandou a polícia na minha casa e tentou me prender por ‘perigo contra a segurança nacional’. Quando minha mãe fugiu do país por ameaças de morte, foi ele q postou no twitter ‘beijos pra sua mãe’, debochando”, escreveu Felipe Neto, dono de um dos maiores canais do Youtube no Brasil.

Já o jornalista, escritor e ex-deputado Jean Wyllys lembrou do sofrimento que Carlos o causou. “Minha esperança é a de que, ao final, haja alguma justiça contra esse rato; pelo que ele fez de mal a mim, à (memória de) Marielle Franco e à democracia do país; por todo o sofrimento que ele causou às famílias com sua peçonha e suas mentiras, fora sua corrupção.”

Na última semana, o vereador do Rio anunciou que estava deixando a gestão das redes sociais do pai e disse estar sendo tratado como “rato”. “Pretendo entrar em novo ciclo de vida com foco pessoal. Difícil ficar sozinho anos e ser tratado de modo que nem um rato mereceria. Anos de muita satisfação pessoal e tenho certeza que de muita valia para pessoas boas e também às mais ingratas e sonsas."