O comandante-geral do Exército, general Tomás Miguel Miné Ribeiro Paiva, de 62 anos, afirmou em entrevista que pretende afastar a política do Exército. O general afirmou que a Força puniria os oficiais que comemorassem o aniversário do golpe militar, ocorrido nesta sexta-feira (31), ou que participassem de eventos organizados por militares da reserva.
“Meu objetivo é afastar a política do Exército. Somos profissionais e temos que focar no nosso trabalho”, disse o comandante do Exército ao jornal O Globo.
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Ele conseguiu o que queria com relação ao aniversário do golpe. O silêncio foi considerado uma vitória do militar cuja trajetória foi forjada pela convivência próxima tanto com defensores da democracia, como o ex-presidente Fernando Henrique, quanto com líderes acusados de terem ameaçado se insurgir contra ela, a exemplo do também ex-presidente Jair Bolsonaro e do ex-comandante do Exército Eduardo Villas Bôas.
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Chamou a atenção de Lula
O hoje comandante-geral do Exército chamou a atenção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) depois que viralizou um vídeo no qual o militar pede respeito ao resultado das urnas. O sistema eleitoral brasileiro era fragorosamente atacado por Bolsonaro, o candidato à reeleição derrotado no último pleito e que contava com a simpatia da caserna.
Sobre ele, o colega desde 1985 e também general, Francisco Humberto Montenegro Junior, afirma: “ele sempre entendeu que o Exército deve pautar a sua conduta como instituição de Estado, apolítica e apartidária”.
Com informações do Globo