Inconformado com o processo no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) que pode levar à sua inelegibilidade, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pretende adotar discurso de "vítima do sistema" e recorrer ao STF (Supremo Tribunal Federal) se a pena for confirmada na corte eleitoral.
Aliados do ex-presidente, no entanto, consideram ainda mais difícil reverter uma decisão no STF do que conseguir um placar favorável no TSE.
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Há vários caminhos para tentar impedir a inelegibilidade e Bolsonaro está decidido a tentar todos. Um grupo acredita que o STF pode ficar sensível a críticas de que tirar o ex-presidente da eleição seria agir politicamente e, por isso, o devolveria ao pleito.
Outro não descarta a possibilidade de, quando Alexandre de Moraes deixar a presidência do TSE, entrar com recursos contra uma decisão desfavorável. O julgamento, segundo integrantes do tribunal e do entorno de Bolsonaro, pode ocorrer ainda em abril.
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Alegações finais
A defesa de Bolsonaro defende a nulidade do processo nas alegações finais, diz que não teria como uma reunião realizada com embaixadores no meio do ano passado ter levado aos atos golpistas de janeiro.
O documento de mais de 70 páginas é assinado pelo advogado e ex-ministro do TSE Tarcísio Vieira de Carvalho Neto e sua equipe.
A expectativa de aliados de Bolsonaro e membros do TSE é que o julgamento ocorra nas próximas duas semanas. Se o processo for pautado imediatamente por Moraes, bolsonaristas avaliam que o ex-presidente será mesmo condenado. Ainda que haja pedido de vista de algum ministro, seria por apenas 60 dias, e dificilmente haveria alguma mudança substancial no caso.
Com informações da Folha