ONZE E MEIA

Defendo voto contra arcabouço fiscal, porque não vou votar pro governo Lula não dar certo, diz Sâmia

Deputada defendeu instauração de CPI sobre atos do 8 de janeiro e criticou regra fiscal feita por Fernando Haddad

Créditos: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados
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Em entrevista ao programa Fórum Onze e Meia desta quarta-feira (19), a deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP) defendeu um voto crítico contra o arcabouço fiscal apresentado pelo governo.

A parlamentar, que compõe a bancada do PSOL na Câmara dos Deputados, enxerga que a proposta fiscal do governo é muito conservadora e pode atrapalhar Lula no desenvolvimento de políticas públicas de qualidade.

“Eu defendo particularmente o voto contra, porque eu acho que a gente não pode ser parte daqueles que vão dar voto para o governo não dar certo", disse a parlamentar, que apoiou Lula durante as eleições de 2022.

Sâmia Bomfim, considerada uma das principais vozes contra o bolsonarismo dentro do parlamento, reitera que o arcabouço trará problemas para a gestão.

"Esse arcabouço é tão duro, que, no momento de crise, o estado não vai poder se fazer presente na economia", explica a parlamentar na entrevista. Para ela, a proposta vai acabar forçando a desconstitucionalização do piso dos gastos em saúde e educação.

CPI do 8 de janeiro

Bomfim também apoiou a criação de uma CPI para o dia 8 de janeiro. "A razão está do nosso lado", disse a deputada. A declaração foi feita após a revelasção da presença do ministro-chefe do GSI Gonçalves Dias no Planalto.

“Tudo é para para instalar a CPI dos atos do 8 de janeiro. Eu não vejo motivo para tentar obstruir que essa CPI  seja instalada. Enquanto não instala, dá uma impressão errada de que há algo a esconder. E é isso que eles querem, criar factoides”, disse Sâmia. "É o melhor a ser feito", completou.

Confira a entrevista completa de Sâmia Bomfim ao Fórum Onze e Meia desta quarta-feira: