O ex-comandante da força-tarefa da Operação Lava Jato e hoje deputado federal, Deltan Dallagnol (Podemos-PR), se uniu a parlamentares bolsonaristas para barrar, nesta quarta-feira (12), o convite ao advogado Rodrigo Tacla Duran para depor na Câmara Federal.
Por 11 votos contrários, 8 favoráveis e nenhuma abstenção, o requerimento do deputado Jorge Solla (PT-BA) foi rejeitado.
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Investigado pela Polícia Federal (PF) no inquérito sobre denúncias de uma organização criminosa que agia para extorquir alvos da Lava Jato em negociações sobre delação premiada, Dallagnol temia a possibilidade de ficar cara a cara com Tacla Duran.
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Em depoimento recente ao juiz Eduardo Appio, responsável pelos processos remanescentes da Lava Jato, Duran afirmou ter sido alvo de um “bullying processual” no âmbito da operação. Ele também declarou ter sido vítima de uma suposta tentativa de extorsão e citou Dallagnol e o senador e ex-juiz Sergio Moro (União Brasil-PR).
O requerimento de Solla previa que o advogado fosse convidado a depor na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara e foi apresentado nesta quarta.
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Na justificativa, Solla argumentou que "o advogado Rodrigo Tacla Duran acusou o ex-juiz e atual Senador Sergio Moro de tumultuar o processo onde teria apresentado provas da extorsão da qual foi vítima".
"Só no dia 27 de março de 2023, Tacla Duran foi ouvido pela primeira vez na Vara de Curitiba pelo juiz Eduardo Appio, atual responsável pelos processos originados na Operação Lava Jato, e reiterou os supostos achaques que sofreu e mencionou o casal Moro e o ex-procurador e atual deputado federal, Deltan Dallagnol, todos com prerrogativa de foro, razão pela qual o caso foi remetido ao Supremo Tribunal Federal", dizia o texto rejeitado.