No mesmo dia em que uma comitiva do Ministério de Minas e Energia tentou entrar no Brasil com um conjunto de joias no valor de R$ 16,5 milhões, o governo Jair Bolsonaro (PL) apresentou uma lista com quatro presentes do Reino da Arábia Saudita para serem incorporados ao acervo presidencial.
Segundo reportagem do jornal O Globo, no dia 26 de outubro de 2021, o governo incorporou à lista do Gabinete Adjunto de Documentação Histórica, vinculado diretamente ao Gabinete Pessoal do Presidente da República um manto, um lenço, um broche e uma escultura dados pela Arábia Saudita.
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No entanto, o conjunto com colar, anel, relógio e um par brincos de diamantes, trazidos na mochila de um assessor do ministro Bento Albuquerque, não foi incluído no rol do acervo presidencial e acabou apreendido pela Receita Federal no aeroporto internacional de Guarulhos, em São Paulo.
Lista de presentes
Segundo a Folha de S.Paulo, a Arábia Saudita deu presentes ao ex-presidente quatro vezes durante seu mandato, incluindo os estojos de joias que foram entregues ao ex-ministro de Minas e Energia Bento Albuquerque, em outubro de 2021.
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A primeira vez que o antigo ocupante do Palácio do Planalto foi agraciado pelo reino, em 11 de novembro de 2019, um estojo semelhante ao que é pivô do escândalo das joias, contendo relógio, abotoaduras, caneta, anel e uma espécie de rosário árabe, foi dado a ele e os itens foram catalogados na Presidência da República como de “acervo privado”.
Outra reportagem, do Estadão, revela que um segundo estojo com itens de luxo da marca suíça Chopard (relógio, abotoaduras, caneta, anel e uma espécie de rosário árabe) foi entregue pessoalmente ao ex-mandatário nacional, no Palácio do Alvorada.