CPI DAS JOIAS

Deputados entram com pedido para criação da CPI das Joias

Rogério Correia e Túlio Gadêlha lembram ainda que as joias entraram no país um mês antes da venda pela metade do preço da Refinaria Landulpho Alves a um fundo dos Emirados Árabes

Bolsonaro e o embaixador da Arábia Saudita.Créditos: Presidência da República/Reprodução
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Os deputados federais Rogério Correia (PT) e Túlio Gadêlha (Rede) entraram com requerimento nesta quarta-feira (8), na Câmara dos Deputados para a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a denúncia referente a entrada irregular de joias no país trazidas da Arábia Saudita. As peças seriam um presente para a então primeira-dama Michelle Bolsonaro no valor de R$ 16,5 milhões.

Os deputados afirmam ser “fundamental que esta Casa adote as medidas necessárias para a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) a fim de investigar os fatos relacionados à entrada no país, no dia 26 de outubro de 2021, de joias trazidas da Arábia Saudita por Marcos André dos Santos Soeiro, que à época assessorava e acompanhava o então ministro das Minas e Energia, Bento Albuquerque, em viagem oficial representando o governo brasileiro na reunião de cúpula ‘Iniciativa Verde do Oriente Médio’”.

A justificativa lembra também a entrada de outro conjunto, que foi destinado ao então Presidente da República, Jair Bolsonaro, e foi entregue no Palácio do Planalto no dia 29 de novembro de 2022.

Venda da Refinaria

Além disso, o requerimento ainda chama a atenção para “a venda da Refinaria Landulpho Alves a um fundo dos Emirados Árabes no final de novembro, pouco mais de um mês após a chegada das joias no Brasil, por valor que, segundo o Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep), seria metade do preço que valia”.