Com o objetivo de construir agendas conjuntas que ajudem no combate ao conservadorismo e a extrema direita no Brasil, Natália Szermeta, presidente da Fundação Lauro Campos e Marielle Franco (FLCMF, ligada ao PSOL), e Paulo Okamoto, presidente da Fundação Perseu Abramo (FPA, ligada ao PT), reuniram-se nesta terça-feira (28) em São Paulo.
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O objetivo da conversa foi debater a elaboração de uma agenda de ações conjuntas com o objetivo de realizar estudos e pesquisas sobre a realidade brasileira, incluindo levantamentos acerca das eleições municipais de 2024 nas capitais brasileiras. O principal foco será a capital paulista, a maior cidade do país. Durante o encontro, foi reafirmada a importância da aliança entre as duas fundações para a construção de agendas que combatam a extrema direita no Brasil.
As fundações assumiram o compromisso de fomentar a produção de diagnósticos da realidade socioeconômica e pensar em programas políticos para as eleições de 2024. O pleito é considerado fundamental para impor nova derrota ao conservadorismo. Na última semana as duas fundações constituíram conselho de pesquisadores para, em conjunto com outras instituições partidárias, estudarem a penetração de ideias conservadoras nas estruturas sociais do Brasil.
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Okamoto, que assume a Presidência da Fundação Perseu Abramo no lugar de Aloizio Mercadante, atual presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), afirma que a experiência e conhecimentos da FPA serão utilizados para entender melhor a direita brasileira. Para ele, é preciso combatê-la de forma prática, não só do ponto de vista ideológico ou discursivo. "Mais do que formular ferramentas para ler o mundo, a função das Fundações é ajudar na formação de dirigentes para transformar a política e o Brasil", declarou.
Já Natália Szermeta defende que será necessário aproveitar o instrumento das fundações como uma ferramenta para apoiar a renovação da comunicação brasileira, que foi tomada por fake news durante o antigo governo.“É preciso estabelecer pontos comuns para enfrentar as eleições ano que vem, que simbolizarão uma espécie de ‘terceiro turno’. Estamos focando na cidade de São Paulo, mas essa conjuntura está presente em várias outras regiões”, disse.