Após reportagem do Estadão informar sobre um terceiro conjunto de joias dado em 2019 pela Ditadura da Arábia Saudita ao governo brasileiro, os advogados confirmaram que Jair Bolsonaro (PL) surrupiu o "presente", que contém, entre outros ítens um relógio Rolex de ouro branco cravejado com diamantes.
Em nota, Paulo Amado da Cunha Bueno e Daniel Bettamio Tesser confirmaram que as joias estão com Bolsonaro à disposição para "apresentação e depósito", ou seja, que ele pode devolver como fez com o conjunto anterior, no valor de R$ 400 mil, e as armas que levou, doadas pelo governo dos Emirados Árabes.
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“Todo o acervo de presentes recebidos pelo ex-presidente, em função do relevante cargo que exercia, será submetido a auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU), assim como ocorreu com os mandatários anteriores”, diz a nota.
Além do Rolex, o conjunto ainda contém uma caneta da marca Chopard prateada com pedras encrustradas, um par de abotoaduras em ouro branco com um brilhante cravejado no centro e outros diamantes ao redor, além de um anel digno dos sheiks árabes, em ouro branco com um diamante no centro e outros ao redor. Um rosário árabe, conhecido como "masbaha", de ouro branco e pingentes também consta no presente, segundo o jornal.
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O valor total das joias ultrapassam meio milhão de reais. O conjunto de joias teria sido recebido em mãos por Bolsonaro em outubro de 2019 durante viagem a Doha, no Catar, e Riade, na Árabia Saudita.
Na ocasião, Bolsonaro teve um encontro privado e amistoso com o rei saudita Salma Bin Abdulaziz Al Saud e elogiou o príncipe Mohammed bin Salman, acusado, entre outros, de mandar matar um jornalista.
Bin Salman comanda a ditadura saudita com mãos de ferro e foi bajulado por Bolsonaro.
"Todo mundo gostaria de passar a tarde com um príncipe. Principalmente vocês, mulheres, né?", disse o ex-presidente durante o encontro.