A Força Aérea Brasileira (FAB) gastou mais de R$ 134 milhões de reais em uma mesma loja na Flórida para comprar bolas de futebol, equipamentos de computação e livros.
A informação publicada pelo Estadão é oriunda de um relatório de auditoria preliminar do Tribunal de Contas da União (TCU), que tem avaliado quase R$ 20 bi gastos pelas Forças Armadas no exterior.
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O caso do estabelecimento na Flórida chamou atenção dos ministros do TCU. O principal motivo é a escolha da loja para uma variedade de equipamentos vendidos no local “em um mercado extremamente competitivo como o norte-americano”, diz o relatório. Técnicos do tribunal afirmam que "trata-se de uma situação bem peculiar". O nome da empresa não foi divulgado.
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Existem centros das Forças Armadas em Washington, nos EUA, e em Londres, no Reino Unido. A investigação busca avaliar despesas desses escritórios, além de custos durante viagens internacionais.
Segundo a publicação, os militares têm dificultado o acesso do TCU às contas sob a alegação de que uma análise deste tipo poderia colocar em risco a segurança nacional.
O Exército afirma ter colaborado com as investigações do tribunal, mas reforça que existem dados sensíveis para a defesa do país que não podem ser divulgados.
”Ressalta-se,ainda, no contexto da auditoria, que a Instituição abriu as portas para a equipe do TCU visitar in loco o sistema de controle de compras no exterior, gerenciado a partir das instalações do Quartel-General em Brasília, bem como conhecer e visitar os trabalhos da Comissão do Exército Brasileiro em Washington, em 2022?, disse a instituição através de um comunicado.
Além disso, Weder Oliveira, ministro indicado por Jair Bolsonaro ao cargo, pediu vistas ao processo e prorrogado o julgamento das contas dos militares no exterior. O caso tem gerado indignação entre os outros juízes, que desejam avaliar os dados enviados pelas FFAA.