Os crimes cometidos por militares envolvidos na tentativa de contrabando das joias sauditas durante o governo Jair Bolsonaro (PL) causaram irritação na cúpula das Forças Armadas.
No centro do caso estão o tenente-coronel do Exército e ex-ajudante de ordem de Bolsonaro, Mauro Cid; o almirante de esquadra da Marinha e ex-ministro Bento Albuquerque; e o primeiro-sargento da Marinha, Jairo Moreira da Silva.
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Os três atuaram de forma incisiva para tentar liberar o conjunto de joias no valor de R$ 16,5 milhões apreendidos por agente da Receita Federal (RF) no aeroporto internacional de Congonhas em outubro de 2021 e que teria como destino, segundo o próprio ex-ministro, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.
No entanto, segundo Bela Megale no jornal O Globo, o grande número de militares envolvidos fez com que a cúpula das Forças Armadas baixasse uma ordem, determinando silêncio de todos os envolvidos na investigação.
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Para o comando das Forças, o caso causa novo impacto na imagem dos militares junto à população, que já está desgastada devido ao envolvimento direto com Bolsonaro e na tentativa de golpe, protegendo terroristas que promoveram o quebra-quebra no Palácio do Planalto, no Congresso Nacional e no edifício-sede do Supremo Tribunal Federal (STF) em 8 de janeiro.
A cúpula militar quer que todos os envolvidos mantenham silêncio, principalmente diante da mídia. No entanto, a postura de Cid, que tentava se explicar aos jornalistas, causou ainda mais irritação. A ordem teria sido expressa ao ex-assessor de Bolsonaro: que ele submerja.