O coordenador geral da Frente Única dos Petroleiros (FUP), Deyvid Bacelar, comentou, em entrevista ao Fórum Onze e Meia desta segunda (22), as motivações da paralisação nacional da categoria na próxima sexta-feira (24).
Todas as unidades de Petrobrás sindicalizadas irão parar exigindo a suspensão dos contratos de privatização vigentes e ainda não concluídos, além de uma mudança no conselho administrativo da empresa.
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Existem cerca de 55 projetos de privatização de ativos da empresa petrolífera sob análise do conselho que podem ser concluídos antes de novas mudanças na empresa.
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O atual conselho da empresa ainda possui muitos nomes ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro, segundo Bacelar. A paralisação dos petroleiros vem justamente para tentar alterar a correlação de forças em favor do novo governo.
“Precisamos ajudar o presidente Lula a controlar a Petrobras, como acionista majoritário do governo”, disse.
Entre os ativos com venda em curso estão o Polo Norte Capixaba, Polos Golfinho e Camarupim (ES), Polos Pescada e Potiguar (RN) e o refino de Lubnor (CE).
O Ministério de Minas e Energia solicitou à empresa que elas fossem suspensos, mas o conselho não acatou o pedido e deu continuidade às vendas.
“Exigimos, primeiro, que a gestão bolsonarista da Petrobras vá embora. E que nós tenhamos esses processos de privatização suspensos”, explicou Deyvid ao Fórum Onze e Meia.
O sindicalista previu que, caso não sejam vistas alterações significativas no conselho da empresa, uma greve dos petroleiros pode ser aprovada. “Caso a gestão bolsonarista continue no conselho, vamos tentar aprovar a greve”, disse Bacelar.
Para o coordenador geral da FUP, Jean Paul Prates, atual diretor executivo da empresa, é um aliado dos petroleiros, mas não têm poder para se sobrepor ao conselho. “Jean Paul Prates é um companheiro. Ele nos ajudou e fez as lutas conosco durante os 4 anos de governo Bolsonaro”, completou.
Confira a entrevista completa de Deyvid Bacelar ao Fórum Onze e Meia: