Ao menos cinco bolsonaristas presos pelos ataques terroristas de 8 de janeiro que destruíram o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o edifício-sede do Supremo Tribunal Federal (STF) disseram, em depoimento à Polícia Federal, que foram mobilizados e até financiados por igrejas evangélicas em várias cidades do país.
Em sua coluna no portal Uol, o jornalista Aguirre Talento afirma que analisou cerca de mil depoimentos sigilosos prestados à PF e revela cinco deles, em que os terroristas relatam terem chegado ao acampamento golpista em Brasília via igrejas evangélicas.
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Dois deles são moradores de Sinop, no norte do Mato Grosso. Sirlei Siqueira disse que viajou em "excursão da Igreja Presbiteriana Renovada" e Jamil Vanderlino afirmou que foi à capital federal em "ônibus financiado por igreja evangélica".
Indagado sobre detalhes, o bolsonarista usou o direito de permanecer calado. A igreja citada nega que tenha organizado excursão para o ato.
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De Maceió, em Alagoas, Ademir Almeida da Silva disse que recebeu até uma remuneração mensal de R$ 400 para participar do acampamento. O financiamento teria sido feito pelo pastor Adiel Brandão de Almeida, da Igreja Batista.
O religioso admite que viajou a Brasília e cooperou com Ademir durante o trajeto, mas que não há relaçãoda igreja com as despesas.
À PF, um homem de Uberlândia, Minas Gerais, também relatou ter sido recrutado por um pastor durante ato golpista, e uma mulher de Xinguara, no Pará, afirmou que chegou à capital em caravana da Assembleia de Deus.
Segundo o jornalista, devido ao grande número de pessoas presas, os depoimentos são superficiais para que a PF faça uma triagem e, em uma segunda etapa, se aprofunde em cada caso que mereça atenção.