Em agosto do ano passado, a Polícia Federal arquivou uma investigação contra Jair Renan, o filho 04 do ex-presidente Bolsonaro (PL). Renan era investigado pelo suposto crime de tráfico de influência em favor de empresários. A PF, em relatório final, declarou que não encontrou crimes na suposta atuação do filho do ex-presidente.
O inquérito para investigar Jair Renan foi aberto em março de 2021, após um pedido do Ministério Público Federal a partir de denúncias feitas por parlamentares que, à época, faziam oposição ao governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Te podría interesar
Entre as investigações contra Renan, estava a suspeita de uma troca de influência junto da Secretaria de Esportes e Lazer do Distrito Federal e a empresa do 04, a Bolsonaro Jr. Eventos e Mídia. Em específico, o aluguel de uma sala no Estádio Mané Garrincha.
As reuniões entre Jair Renan e a Secretaria de Esportes e Lazer estavam mantidas sob sigilo, diante disso, o servidor Marival de Castro Pereira recorreu à Justiça alegando que o sigilo poderia beneficiar interesses particulares da empresa do filho de Bolsonaro.
Te podría interesar
Em novembro de 2022, a Justiça do DF derrubou os sigilos e a Secretaria tinha até esta segunda-feira (27) para recorrer ao Superior Tribunal de Justiça (STJ). Como a pasta não se manifestou, o caso "transitou em julgado", ou seja, não cabe mais recurso e a pasta terá de revelar com quem Renan se encontrou e o que foi decidido. As informações são UOL.
Não há prazo para a Justiça intimar a Secretaria de Esportes e Lazer, mas, depois que isso ocorrer, a secretaria terá 15 dias úteis para prestar as informações.
Ao UOL, a advogada Maria Victoria Hernandez Lerner, que cuida do caso, afirmou que já entrou com pedido de cumprimento da sentença e elencou quais informações deverão ser prestadas:
- Foram realizadas quantas reuniões?
- Quando elas aconteceram?
- Que assuntos foram discutidos?
- Quem acompanhou Jair Renan?
- A secretaria firmou contratos com Jair Renan ou com suas empresas?