O deputado Rogério Correia (PT-MG) afirmou neste sábado que vai entrar com denúncia junto ao Ministério Pública Federal (MPF) pedindo a abertura de uma investigação para que seja feita uma "varredura" em grupos bolsonaristas após denúncia da Fórum sobre a propagação de pornografia infantil.
"Essa propagação de pornografia infantil, com vídeos sendo colocados nesses grupos, nos leva a fazer uma denúncia para que se tenha no Ministério Público uma varredura desses grupos para ver como se mistura a degradação ideológica com a degradação moral. É a nova denúncia que vamos fazer no MPF, para que esses grupos sejam investigados", afirmou Correia.
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Segundo ele, o uso dos grupos de extrema direita para propagar pornografia infantil é um "novo ingrediente" na degradação da extrema direita que orbita em torno de Jair Bolsonaro (PL), que está nos EUA desde o fim de dezembro, quando se recusou a passar a faixa presidencial para o sucessor, Lula.
"Agora grupos bolsonaristas têm um novo ingrediente: degradação moral. Propagação de pornografia infantil, vídeos que estão em grupos de Telegram de bolsonaristas. Isso se mistura à degradação ideológica, que é antiga, fake news, atentados contra a democracia, pregação de golpe, mentiras, preconceitos contra negros, povos indígenas, quilombolas, lgbtqiap+. Se isso já era por si crime e está sendo investigado, agora entra essa degradação moral, também crime gravíssimo tipificado no código penal".
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"DireitaBrasil.org"
No grupo "DireitaBrasil.org", que reúne 280 apoiadores de Jair Bolsonaro no Telegram, dois vídeos com cenas de pornografia infantil foram publicados na quinta-feira (9) por um perfil que foi deletado após os próprios membros ameaçarem denúncia um dia depois.
"Vamos denunciar essa prostituição infantil desse grupo", diz o perfil M.A.S. no grupo.
O crime está previsto no Artigo 241 da Lei nº 8.069 de 13 de Julho de 1990, que dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
A lei prevê prisão de até 6 anos a quem "oferecer, trocar, disponibilizar, transmitir, distribuir, publicar ou divulgar por qualquer meio, inclusive por meio de sistema de informática ou telemático, fotografia, vídeo ou outro registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente".