Um grupo criado no Telegram para dar apoio à tentativa frustrada de golpe em favor de Jair Bolsonaro (PL) se tornou uma fonte de propagação de um dos crimes mais repugnantes: a divulgação de pornografia infantil.
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O crime está previsto no Artigo 241 da Lei nº 8.069 de 13 de Julho de 1990, que dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
A lei prevê prisão de até 6 anos a quem "oferecer, trocar, disponibilizar, transmitir, distribuir, publicar ou divulgar por qualquer meio, inclusive por meio de sistema de informática ou telemático, fotografia, vídeo ou outro registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente".
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No grupo "DireitaBrasilo.org", que reúne 280 apoiadores de Jair Bolsonaro no Telegram, dois vídeos com cenas de pornografia infantil foram publicados na quinta-feira (9) por um perfil que foi deletado após os próprios membros ameaçarem denúncia um dia depois.
"VAMOS denunciar essa prostituição infantil desse grupo", diz o perfil M.A.S. no grupo. No entanto, os vídeos seguiam no grupo na manhã deste sábado (11).
Esvaziamento
Um mês após os atos terroristas frustrados pelo governo, os grupos que concentram apoiadores de Jair Bolsonaro nas redes teve uma queda acentuada no volume de trocas de mensagens e engajamento.
Sem um direcionamento claro do líder, os grupos agora buscam fazer críticas ao governo Lula - quase sempre com base em fake news divulgados por sites alinhados - e buscar novas teorias da conspiração.
Na última semana, circulou nos grupos uma tese de que o terremoto que matou mais de 23 mil pessoas na Turquia e na Síria teria sido provocado por agentes do "globalismo".