A deputada federal e presidenta nacional do PT Gleisi Hoffmann (PT-PR) concedeu uma longa entrevista à Folha de S. Paulo. Entre os vários temas abordados na conversa, Gleisi defende a reeleição do presidente Lula (PT), faz uma avaliação do leque de alianças do governo e manda um recado para o União Brasil.
Ao ser questionada se partidos como MDB, PSD e União Brasil "ficaram com muito espaço no governo", Gleisi Hoffmann explica que as duas primeiras legendas "de certa" forma já estavam com o PT na campanha presidencial, sobre o União Brasil, a presidenta do PT manda um recado para o partido.
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"Em relação à União Brasil, acho que temos que fazer um freio de arrumação, porque, mesmo sendo contemplado como foi, é um partido que não está fazendo entrega. É um partido que tem dificuldades pela sua composição interna e pelo distanciamento também que sempre teve de nós [...] se não estiver fazendo entrega, não tem por que permanecer onde está. Essa é a minha avaliação, do PT. Não estou falando pelo governo", diz Gleisi Hoffmann.
Em determinado momento da entrevista, o jornal questiona o fato de o governo não permitir em seus quadros bolsonaristas e se isso não seria um filtro ideológico, o que Gleisi Hoffmann responde de pronto. "Claro que é ideológico. Se nós ganhamos, nós temos uma posição política clara contra o bolsonarismo, disputando nas urnas com ele e ganhamos. É um filtro ideológico, sim. O governo tem posição. Não é uma geleia", afirma a presidenta do PT.
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Sobre um possível quarto mandato de Lula, Gleisi Hoffmann que o presidente se candidate à reeleição. "Eu sempre falava ao presidente, quando ele dizia que não ia ser candidato à reeleição, que ele não deveria falar isso, não deveria tratar disso. Primeiro porque acho que ele pode e deve ser candidato à reeleição pela trajetória, pelo que representa e pelo que ele é. Fico mito feliz que ele tenha adotado a postura da possibilidade de se candidatar", finaliza Gleisi Hoffmann.