GARIMPO ILEGAL

Operação de Guerra: Força Aérea define espaço aéreo Yanomami onde aviões poderão ser abatidos; saiba detalhes

Principal aeronave para combate aos garimpeiros será o Super Tucano A-29A, mesmo modelo utilizado pela Esquadrilha da Fumaça. Veja vídeo.

Super Tucano A-29A usado pela FAB contra garimpeiros em território Yanomami.Créditos: FAB
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Por determinação do presidente Lula, a Força Aérea Brasileira (FAB) divulgou nesta terça-feira (31), os detalhes da Operação Escudo Yanomami, que tem como objetivo proteger o território indígena em Roraima, que foi alvo da tentativa de genocídio pelo governo Jair Bolsonaro (PL).

No detalhamento da operação, a FAB divugou a chamada a Zona de Identificação de Defesa Aérea (ZIDA), onde aviões cujos pilotos se recusarem a pousar para serem identificados poderão ser abatidos. O alvo são pequenas aeronaves que servem de transporte para garimpeiros que fazem a exploração ilegal de ouro na região - incentivados a invadirem as terras nos quatro de governo Bolsonaro.

"Dando cumprimento ao Decreto do Presidente @LulaOficial, a Força Aérea e a Polícia Federal iniciarão as ações de desintrusão nas terras indígenas Yanomami. Primeiro passo é a imposição de Zona de Exclusão Aérea, para coibir abastecimento de áreas de garimpo ilegal", tuitou o ministro da Justiça, Flávio Dino.

Segundo a Força Aérea, a ZIDA é composta por uma área reservada (Área Branca); uma área restrita (Área Amarela); e uma área proibida

"Cabe ressaltar que na Área Vermelha, somente as aeronaves envolvidas na Operação Escudo Yanomami 2023 serão autorizadas", diz o texto divulgado pela FAB - veja abaixo onde estão situadas as áreas, na divisa do estado de Roraima com a Venezuela.

A principal aeronave para combate aos garimpeiros será o Super Tucano A-29A, que já é usado na região. O mesmo modelo também é utilizado pela chamada Esquadrilha da Fumaça, que faz apresentações aéreas.

Produzido pela Embraer, o Super Tucano é um avião com capacidade para um tripulante, destinado ao combate aéreo, ataque ao solo e reconhecimento. 

Ele é utilizado juntamente com as aeronaves E-99 e R-99 em missões de vigilância da Amazônia, desde 2004. O E-99 e o R-99 são aeronaves de monitoramento e já estão na região. 

A FAB ainda planeja a instalação de um radar modelo TPS-B34, que pode ser aerotransportado de Santa Maria (RS), com o objetivo de aumentar a capacidade de defesa aérea.

"O Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE) é o responsável pelo planejamento, coordenação e execução das Ações de Força Aérea voltadas para a Tarefa de Controle Aeroespacial durante a Operação Escudo Yanomami 2023, conduzindo os meios aéreos necessários para identificação, coerção ou detenção dos tráfegos voando na área de interesse", diz o texto divulgado pela Força.

Veja a Zona de Identificação de Defesa Aérea (ZIDA) e as aeronaves utilizadas na operação.