PC Siqueira, encontrado morto em seu apartamento em São Paulo nesta quarta-feira (27), foi acusado em 2020 de pedofilia, após prints de uma suposta conversa terem sido divulgados nas redes, nas quais ele falava frases aparentemente soltas e sem contexto dizendo que “era pedófilo” e que “tinha coisas para atrair menores de idade”.
No entanto, uma vasta perícia realizada pela Superintendência da Polícia Técnico-Científica (SPTC) de São Paulo no computador, HD externo, celular, videogame e outros dispositivos eletrônicos apreendidos não encontrou nenhuma prova para incriminar o youtuber.
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Mesmo assim, bolsonaristas passaram a cmemorar a morte do Youtuber nas redes sociais.
Perseguição
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL), antigo desafeto de PC Siqueira, promoveu na época das acusações contra o youtuber uma feroz perseguição a ele nas redes. Dudão compartilhou em suas redes um mandado de busca e apreensão da Polícia Civil de São Paulo na casa de PC em julho de 2020.
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Na ocasião, o deputado que estava processando o youtuber, afirmou que participou “do cumprimento de mandados na casa de acusados de pedofilia. Crime sexual já causa asco, mas contra criança o sentimento se multiplica”.
PC Siqueira era crítico notório do governo do então presidente Jair Bolsonaro (PL) e também do bolsonarismo. Ele foi processado por Eduardo Bolsonaro por ter publicado vídeos envolvendo a vida sexual do deputado.
Em janeiro de 2019, o youtuber postou dois vídeos intitulados “O corno da vez é outro” e “O lado podre da família presidencial”, após supostas mensagens direcionadas ao deputado no twitter sobre o seu relacionamento com a jornalista Patrícia Lélis.
A Justiça mandou que PC Siqueira excluir os vídeos. Além disso, o juiz Leandro Borges de Figueiredo, da 8ª Vara Cível de Brasília, condenou o youtuber a indenizar em R$ 20 mil Eduardo Bolsonaro em razão de vídeos.