Foi preciso apenas um dia se passar após o episódio em que o deputado federal Washington Quaquá (PT-RJ) deu um tapa na cara do colega Messias Donato (Republicanos-MT) para que um parlamentar bolsonarista apresentasse um projeto de lei bizarro e eivado de irracionalidade para se resolver o problema dos nervos à flor da pele na vida pública brasileira: dar porte de arma de forma automática, compulsória, a todos os deputados e senadores.
Sim, você não leu errado. O representante mato-grossense de extrema direita quer que todos os deputados federais e senadores da República tenham automaticamente autorização para andares com uma pistola na cintura. Ele ainda propõe que todas as assembleias legislativas dos estados e do Distrito Federal aprovem leis do tipo.
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“Os embates que são próprios da atividade parlamentar, não poucas vezes, extrapolam os muros das respectivas Casas legislativas, refletindo-se nas ruas, podendo sensibilizar algumas pessoas ao ponto de provocar comportamentos radicais com ameaças de agressões físicas e, até mesmo, de atentados contra a vida”, diz o argumento usado por Medeiros em seu PL.
Portar uma arma dentro do Congresso Nacional é proibido há décadas, embora não exista controle ou revista para saber se os parlamentares estão armados ao chegar ao parlamento. A medida foi adotada depois que o pai do ex-presidente Fernando Collor, à época senador, Arnon de Mello, assassinou “por engano” o também senador José Kairala, após atirar contra um de seus desafetos, o igualmente senador Silvestre Péricles.