Comemorando seus 30 anos de carreira no Maracanã, Ivete Sangalo se tornou um dos assuntos mais falados na noite desta quarta-feira (20). Ao mesmo tempo, a cantora foi alvo dos bolsonaristas nas redes sociais, que resgataram o apoio da cantora ao presidente Lula e um discurso crítico feito por ela contra Bolsonaro durante um de seus shows em Salvador, em 2022.
Os bolsonaristas iniciaram um novo boicote, agora direcionado à marca da Perdigão. Em um vídeo, um deles incentivando outros eleitores do ex-presidente a escolherem produtos da Sadia e não comprarem Perdigão. O “patriota”, identificado como Fernando Peixoto, disse que Ivete, patrocinada pela marca, dirigiu palavras ofensivas ao ex-presidente. Na época, a cantora se posicionou e destacou que não vota "em quem mata gente e desmata”.
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“Vai ter Natal na casa de todos nós. Não compre nada que a Ivete esteja sendo patrocinada. A Chester está patrocinando a Ivete Sangalo. [Ela] mandou o Bolsonaro tomar naquele lugar e agora nós vamos mandar ela também tomar lá”, diz o apoiador do ex-presidente em tom de ironia. Em seguida ele indica a Sadia, esquecendo-se de que a marca pertence ao mesmo grupo. “Eu vou levar Sadia. É o peru que patrocina quem produz”.
Vivendo no mundo da terra plana, os bolsonaristas replicaram a fala de Peixoto no X, antigo Twitter, destacando o que ele afirmou. Embora sejam marcas diferentes, a Sadia e a Perdigão fazem parte do grupo Brasil Foods (BRF) desde 2011. O debate em torno da fusão das empresas começou em 2009. “Por maioria declaro aprovada a operação entre Sadia e Perdigão", comunicou na época o presidente do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), Olavo Zago Chinaglia.
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Não é a primeira vez que bolsonaristas tentam boicotar marcas que patrocinam a Ivete. Há pouco mais de dois meses, os produtos da Piracanjuba se tornaram alvo dos apoiadores de Bolsonaro após uma ação publicitária com a cantora.