O jantar na noite desta terça-feira (19) na casa do ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), selou a aliança de Lula contra o avanço do Congresso sobre pautas do Executivo e até mesmo do Judiciário, cujo último movimento pode ser visto no mesmo dia com a votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2024, que obriga o governo a pagar R$ 37,5 bilhões em emendas, valor 20% maior em relação ao Orçamento de 2023.
O jantar na casa de Barroso reuniu 8 dos 10 ministros do STF, além de Flávio Dino, indicado por Lula que toma posse em fevereiro após as férias forenses. André Mendonça, que está em São Paulo, e Cármen Lúcia, em Belo Horizonte, não participaram do encontro com o presidente.
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Na recepção a Lula e Janja, o presidente da corte classificou o jantar como "apenas uma conversa institucional, de cortesia". "O presidente pediu para eu organizar o encontro"
O presidente, no entanto, busca convencer os ministros para votarem favoráveis ao governo em processos de interesse do governo, como a ação que questiona os dispositivos da Lei das Estatais que restringem a indicação de políticos para cargos em conselhos e diretorias de empresas públicas.
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No início do mês, o ministro Kássio Nunes Marques, indicado por Jair Bolsonaro, pediu vistas ao processo, proposto pelo PCdoB. O ato foi visto como um sinal positivo de que o bolsonarista busca se aproximar do governo.
Caso a liminar, concedida por Ricardo Lewandowski, caia, o governo teria que destituir diversos nomes escalados em conselhos e diretorias de estatais.
Com o pedido de vista, Lula encontrou tempo para buscar uma saída via Congresso. Além disso, com Flávio Dino na corte, o governo pode ter maioria no plenário do STF para derrubar de vez a restrição. Nunes Marques foi um dos ministros que fez questão de estar no encontro com Lula na noite desta terça.