A recente indicação do ministro da Justiça, Flávio Dino, ao Supremo Tribunal Federal (STF) pelo presidente Lula, desencadeou uma lamentável onda de ataques gordofóbicos nas redes sociais, revela um levantamento da consultoria Arquimedes, a pedido do GLOBO. Desde a última segunda-feira (27), os registros de postagens discriminatórias aumentaram expressivos 30%, atingindo Dino em plataformas como X (antigo Twitter), Facebook e Instagram.
Ao longo da última semana, a consultoria identificou uma alarmante quantidade de 14,5 mil publicações gordofóbicas dirigidas a Dino, um significativo aumento em relação às 11,5 mil contabilizadas na semana anterior.
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Parlamentares da oposição, como Carla Zambelli (PL-SP) e Marcos Pollon (PL-MS), engrossam as fileiras dos agressores, apoiando postagens que rotulam Dino como "comunista obeso" e "baleia". A jornalista Paula Schmitt, da Jovem Pan, também se destacou ao insinuar que a indicação do ministro se deu para preencher uma suposta "cota de obesidade".
Os ataques gordofóbicos não são novidade na trajetória de Flávio Dino e remontam ao início do ano, quando assumiu a posição de Ministro da Justiça. Em maio, o deputado Coronel Chrisóstomo (PL-RO) ironizou o peso do ministro durante uma sessão na Câmara, relacionando-o à regulação da internet.
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Outros políticos também enfrentaram situações semelhantes. Durante as eleições de 2018, a ex-deputada federal Joice Hasselmann foi alvo de críticas relacionadas ao seu peso, especialmente após romper com o ex-presidente Bolsonaro. Hashtags como "Peppa Pig" evidenciam a cruel desumanização presente na gordofobia.