O deputado Paulo Bilynskyj (PL-SP) utilizou verba de sua cota parlamentar para divulgar um projeto de lei contra a vacinação obrigatória de crianças.
O PL 5315/2023, assinado por Bilynskyj e Bia Kicis (PL-DF), quer "proibir a inclusão da vacinação obrigatória no Programa Nacional de Imunizações - PNI, de vacinas categorizadas como "não imunizantes"".
Te podría interesar
Segundo o documento da própria Câmara dos Deputados, o gabinete do deputado utilizou R$ 6,5 mil para financiar a divulgação do projeto em suas redes sociais. O valor foi reembolsado pelo parlamento.
A história foi divulgada no Twitter pelo usuário @DoutorPandego, que tem revelado gastos de parlamentares bolsonaristas através das redes.
Te podría interesar
Na nota fiscal, a descrição do serviço é a seguinte: "Produção e criação de cards, artes e vídeos para divulgação da atividade parlamentar nas midlas - Instagram @paulobilynskyj, Twitter @paulobilynsky1, Facebook @Professor Paulo Bilynskyj, Tik Tok @paulobilynskyj do Projeto de Lei 5315/2023 que "Altera a Lei nº 6.259 de 30 de outubro de 1975, para proibir 4973/2020 a inclusão da vacinação obrigatória no Programa Nacional de Imunizações - PNI, de vacinas categorizadas como "não imunizantes" e do PL 4973/2020 que "Altera a Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006 (Lei Maria da Penha), para estabelecer que os órgãos de segurança pública deverão publicar mensalmente os dados relativos à violência doméstica e familiar contra a mulher".
O projeto de lei proposto por Bilynskyj e Kicis claramente é um aceno ao movimento antivacina. No PL, os parlamentares de extrema direita afirmam que "doenças como a COVID-19 dependem de campanhas de vacinação, caso seja necessário conter uma nova cepa, não havendo razão, portanto, para fazer parte de um programa de imunização genérico e anual".
Para piorar, eles dizem que "tendo em vista que o grupo de crianças e adolescentes saudáveis de 6 meses a 17 anos é classificado como de baixa prioridade, trata-se de gasto de dinheiro público com um baixo retorno à sociedade".
Um estudo da Imperial College London mostrou que, apenas em 2022, a vacinação contra a covid-19 salvou mais de 1 milhão de vidas, incluindo milhares de crianças e adolescentes. A vacina também é eficaz para reduzir as consequências da chamada covid longa, que afeta milhões de pessoas ao redor do mundo.