O Senado Federal aprovou por 65 votos a 11 a condução de Paulo Gustavo Gonet Branco para o posto de procurador-geral da República, após uma longa sabatina que transcorreu por mais de 10 horas nesta quarta-feira (13), em conjunto com a análise da indicação de Flávio Dino para o posto de ministro do Supremo Tribunal Federal. Gonet atualmente está na função de subprocurador-geral na PGR.
Indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para ocupar a vaga até então exercida por Augusto Aras, que encerrou seu período na PGR no final de setembro, Gonet foi primeiramente aprovado por 23 votos a 4 na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), para na sequência receber a chancela do plenário do Senado.
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Classificando-se como “cristão e conservador”, e desagradando muito a base eleitoral de Lula e do PT, o novo PGR foi indicado após um amplo acordo entre forças políticas. Caberá a ele, por exemplo, as investigações à respeito dos atos golpistas do 8 de janeiro, os inquéritos da Operação Lava Jato e ações associadas à pandemia de Covid-19. Processos que envolvem Jair Bolsonaro, como os de incitação ao crime no 8 de janeiro, são outros que estarão sob a incumbência de Paulo Gonet assim que ele for investido no cargo.
O novo PGR deve definir também como serão utilizados dois documentos nas investigações do 8 de janeiro: a delação premiada do tenente-coronel e ex-ajudante de ordens Mauro Cesar Barbosa Cid e o relatório da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) sobre o tema instalada pelo Congresso Nacional.