A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), uma das mais extremistas do bolsonarismo, comparou a população palestina, que vem sendo aniquilada pelas forças militares de Israel, a ratos.
Em uma publicação no X (antigo Twitter) feita nesta quinta-feira (2), Dia de Finados, a radical de extrema direita divulgou uma ilustração que mostra um rato com uma bandeira da Palestina prestes a ser capturado por uma águia com uma bandeira de Israel e a bandeira dos Estados Unidos nas asas. Ao fundo, há uma cidade sendo bombardeada.
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La legenda da postagem, Zambelli compartilhou uma passagem bíblica.
"Mas os que esperam no Senhor renovarão as forças, subirão com asas como águias; correrão, e não se cansarão; caminharão, e não se fatigarão. Isaías 40:31", escreveu.
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A publicação de Carla Zambelli vem gerando inúmeras críticas e a deputada está sendo acusada de incentivar o genocídio que Israel vem promovendo na Faixa de Gaza.
"Este é um chamado ao genocídio. Que vergonha você ser cúmplice do genocídio", escreveu no espaço de comentários, por exemplo, o perfil "Palestina Hoy".
Matança recorde
Depois de 27 dias de incessante ataque a Gaza, o número de mortos chegou a 9.601, sendo 3.760 crianças. Estes números já superam proporcionalmente as perdas em Grózny, na Chechênia, que já foi considerada a cidade mais destruída do planeta.
Durante a segunda guerra da Chechênia, em 1999 e 2000, de 5 a 8 mil civis morreram no cerco que levou à conquista da cidade pela Rússia, que batalhava rebeldes chechenos. Os combates duraram pouco mais de um mês.
Na batalha por Mariupol, Ucrânia, em 2022, as Nações Unidas registraram 1.348 civis mortos, mas estimaram que o número poderia ser muito maior (a Ucrânia fala em 25 mil). O cerco da Rússia à cidade durou quase três meses.
Na segunda batalha por Fallujah, no Iraque, em 2004, que durou seis meses, a Cruz Vermelha estima que 800 civis tenham sido mortos.
Na batalha por Mosul, também no Iraque, que durou mais de 9 meses, as estimativas de civis mortos variam de 2.521 (Nações Unidas) a 40 mil.