Eduardo Bolsonaro (PL-SP) acordou cedo nesta sexta-feira (10) e correu para as redes sociais para rebater novas acusações feitas pelo tenente coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência, que em delação cita ele e Michelle Bolsonaro como incitadores do golpe tramado por Jair Bolsonaro (PL) após a derrota nas eleições.
Segundo o jornalista Aguirre Talento, do portal Uol, Michelle e Eduardo faziam parte de um grupo de radicais que incitava Bolsonaro a dar o golpe.
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Além dos dois, faziam parte do grupo, segundo Cid, os chamados "CACs" (colecionador, atirador e caçador), que foi armado pelas políticas impulsionadas principalmente pelo lobby feito por Eduardo para a indústria armamentista.
Cid conta ainda que, no lado oposto do irmão e da esposa do pai, o senador Flávio Bolsonaro (PL) fazia parte de um grupo moderado composto pela ala política do governo que tentava convencer Bolsonaro a se pronunciar publicamente sobre o resultado da eleição para pedir que os manifestantes golpistas deixassem as ruas e voltassem para suas casas
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A reportagem foi divulgada às 4h desta sexta-feira. Às 6h06, Eduardo foi às redes e divulgou um tuite tentando minimizar a delação de Cid.
"Este era o "all-in" contra Bolsonaro. Obs: ainda falta homologar a delação de Cid (feita quando ele estava preso), pois até agora apenas a imprensa supostamente teve acesso a ela", diz.
Eduardo Bolsonaro ainda cita declaração do procurador Carlos Frederico dos Santos que, em entrevista a O Globo, disse considerar "fraca" a delação.
No entanto, na mesma entrevista, o procurador diz ter solicitado novas diligências para juntar provas à delação de Cid.
"Requisitei várias coisas, mas não posso falar sobre isso justamente para não frustrar a investigação. Não jogo provas fora, então eu quero dar valor a essa delação para que eu possa utilizá-la", afirmou.
Demonstrando que realmente sentiu, o filho de Bolsonaro voltou às redes por volta das 9h e chamou a reportagem sobre a delação de "cortina de fumaça".
"Mais uma cortina de fumaça para encobrir recorde de queimadas na Amazônia, fechamento de +400.000 empresas no 1º semestre e aumento de imposto pra tudo que é lado", escreveu.