CONTRA A PRIVATIZAÇÃO

Linha privatizada é a única com problemas após fim da greve do Metrô e CPTM

Pane elétrica na linha 9-Esmeralda, que foi privatizada, aconteceu durante a paralisação dos servidores das linhas estatais, que voltaram a operar normalmente.

Pane na linha 9-Esmeralda, da CPTM, que está privatizada.Créditos: Reprodução/Câmeras de Segurança
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A greve de 24 horas dos trabalhadores do Metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) contra a privatização chegou ao fim na noite desta terça-feira (3) e todas as linhas funcionam normalmente na manhã desta quarta-feira (4) na grande São Paulo.

A única exceção é a Linha 9 Esmeralda da CPTM, que é privatizada, que segue com problemas nesta quarta, mais de 15 horas após uma pane elétrica afetar a circulação dos trens durante a paralisação das linhas estatais.

A operação entre as estações Pinheiros e Morumbi estão sendo realizadas em um único trilho, causando maior tempo de viagem e, consequentemente, maior movimento dos passageiros nas estações.

A concessionária ViaMobilidade afirmou em nota que a ativou o Plano de Apoio entre Empresas em Situação de Emergência (PAESE) e colocou ônibus à disposição dos passageiros, aumentando o trânsito na região.

“Devido à manutenção no sistema elétrico, a circulação de trens acontece por via única entre as estações Pinheiros e Morumbi da Linha 9-Esmeralda desde as 4h. Ônibus da operação PAESE atendem o trecho. O restante da linha segue com operação normal.  Os passageiros estão sendo orientados por avisos sonoros e pelos AAS (Agentes de Atendimento e Segurança) nos trens e estações", diz a concessionária.

O problema começou às 14h desta terça, quando uma falha na rede aérea do sistema de energia paralisou parte da operação, e não foi resolvido até o momento.

Greve

O fim da greve dos meteroviários foi decretada por volta das 21 horas desta terça, após realização de assembleia e votação virtual.

No total, 2.952 trabalhadores votaram pelo encerramento da paralisação, enquanto 2.331 queriam a continuidade. Foi deliberado, no entanto, que será realizada nova consulta sobre uma possível paralisação na próxima semana.

Na CPTM, os dois sindicatos já haviam definido que a greve seria de apenas 24 horas em protesto contra a política de privatizações do governador Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos).

Os funcionários da Sabesp, que também participaram do ato, encerraram a paralisação à meia noite.