São Paulo amanheceu, nesta terça-feira (3),com a greve dos funcionários do Metrô, Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), além da Companhia de Saneamento Básico (Sabesp). As paralisações, que acontecem em quatro linhas do metrô e em três de trem, são um movimento de oposição aos planos de privatizações do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP).
Os grevistas também reivindicam a realização de um plebiscito, ou seja, uma consulta popular para saber a opinião da população sobre as privatizações.
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Desde o início do seu governo, Tarcísio arquiteta projetos para privatizar as empresas públicas. Mesmo após a greve, que classificou como "ilegal e abusiva", ele declarou que vai continuar estudando a medida.
Os grevistas até tentaram negociar, ainda na segunda-feira (2), a proposta de catraca livre ao invés da greve, mas o governador não aceitou.
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Privatizações
Entre os principais argumentos dos funcionários do metrô, por exemplo, é que a privatização diminui a qualidade do serviço, além de encarecer a tarifa.
Após privatizar as linhas 8 e 9 do metrô, por exemplo, elas apresentaram ainda mais problemas, como: oito descarrilamentos na linha 8, um na linha 9, trens atrasados, porta aberta e 200 dias de velocidade reduzida.
Em um vídeo divulgado hoje, a circulação de trens da Linha 9-Esmeralda foi interrompida após falha no sistema elétrico.
Um exemplo de privatização malsucedida e usada como argumento pelos grevistas são as linhas de trem e metrô no Rio de Janeiro. Com a tarifa mais cara do país, a Supervia custa R$ 7,40 e enfrenta diversos problemas como atrasos, intervalos de até 1 hora, trens precários e lotados.
O Metrô Rio segue o mesmo exemplo, também com a passagem mais cara, custando R$ 6,90 e usuários enfrentando transtornos com trens superlotados.
Outras reivindicações
Os funcionários das empresas também pedem melhoria de salários e mudanças no ambiente de trabalho, segundo Camila Lisboa, presidenta Sindicato dos Metroviários SP.
Eles também se posicionam contra terceirizações no sistema de bilheteria do Metrô que, segundo Camila, deve se traduzir em redução de salário, como na maioria das terceirizações.