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Bolsonaro grava áudio para explicar apoio de Valdemar Costa Neto a Flávio Dino no STF

Presidente do partido afirmou que “se for um cidadão preparado, o que é o caso, devemos votar a favor”; frase pegou mal no PL

Bolsonaro.Créditos: Isac Nóbrega/PR
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Pegou muito mal entre correligionários do PL a fala do presidente Valdemar Costa Neto, de que a tendência é que o partido apoie uma eventual indicação do ministro da Justiça, Flávio Dino, ao Supremo Tribunal Federal (STF). 

Dino tem sido apontado como um dos favoritos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para a vaga aberta na Corte com a aposentadoria de Rosa Weber.

“Se for um cidadão preparado, o que é o caso, devemos votar a favor”, disse Valdemar à CNN, respondendo sobre a possibilidade de uma nomeação de Dino.

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente, usou as redes sociais para externar o que chamou de "posição pessoal" sobre o tema:

"Minha posição pessoal é que JAMAIS votaria a favor de uma pessoa arrogante, prepotente, que defende aborto, não combate o tráfico de drogas e armas, debocha do Senado e usa 'sua' polícia para perseguir políticos até do governo que integra, quem dirá opositores. Não passaria", afirmou Flávio.

Bolsonaro explica

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que estava quieto até o momento sobre o assunto, gravou um áudio para tentar explicar as declarações do presidente do PL.

Bolsonaro afirma no áudio, segundo informações da coluna de Lauro Jardim, ter conversado com Costa Neto, que o explicou que a indicação de um candidato ao STF cabe ao presidente Lula. Disse Bolsonaro:

“A indicação é do presidente da República, mas a aprovação é outra história. E, segundo ele, foram além do que ele respondeu e falaram que o PL votaria favorável. Dos senadores que eu obtive resposta, de jeito algum votariam em Flávio Dino numa possível sabatina no Senado. Não só pelo passado lá de trás, fazendo aqui um pleonasmo, mas também como o presente no Ministério da Justiça pelo que ele mais faz que é perseguir opositores políticos e sabotar as investigações do 8 de janeiro”, afirmou.