O presidente do PL Valdemar Costa Neto autorizou a candidatura de Ricardo Salles à prefeitura de São Paulo no ano que vem. Com aval de Bolsonaro, o deputado federal réu por tráfico internacional de madeira deve sair do partido para se candidatar por outra legenda.
O PL havia acordado que iria apoiar o atual prefeito, Ricardo Nunes (MDB), para o cargo. Porém, a altíssima rejeição a Bolsonaro na capital paulista e a derrota do presidente na cidade durante as eleições de 2022 fizeram com que o apoio do bolsonarismo trouxesse rejeição ao candidato à reeleição.
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Nunes adotou o apoio de Bolsonaro, mas afirmou que não utilizaria o nome do ex-presidente inelegível em sua campanha para não atrair rejeição.
Salles, que havia sido impedido de entrar para o pleito pelo PL, busca um novo partido para viabilizar sua candidatura de extrema-direita.
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Além de Salles e Nunes, um terceiro candidato de direita também deve aparecer no pleito: Kim Kataguiri (União Brasil-SP e membro do MBL) deve ser o outro nome dos conservadores na corrida pela prefeitura da maior cidade do país.
A indecisão sobre o nome de Kim também ocorre por questões partidárias. Ele é membro do União Brasil. O chefe local do partido, Milton Leite, presidente da Câmara dos Vereadores, quer que o UB apoie Nunes. Contudo, figuras nacionais da legenda, como ACM Neto, apoiam a entrada de Kataguiri no pleito.
Pela esquerda, o nome de Guilherme Boulos (PSOL) está confirmado e há quase certeza de que Tabata Amaral (PSB) também concorra, aliada de Márcio França, ministro do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, e Geraldo Alckimin, vice-presidente da República.
Segundo estudo do Instituto Paraná Pesquisas, Guilherme Boulos lidera a corrida com 35% dos votos, seguido por Nunes com 29%. Depois, seguem Tabata (7%), Kataguiri (5%) e Vinicius Poit (NOVO), com 2%. O estudo foi feito em setembro de 2022, ainda sem Salles no cenário, e ouviu mais de mil eleitores.