O presidente Luiz Inácio Lula da Silva conversou via videoconferência, nesta quinta-feira (26), com familiares de reféns sob poder do Hamas e de desaparecidos em meio ao conflito entre o grupo islâmico-palestino e o Estado de Israel.
A reunião foi viabilizada a partir de pedido do Fórum de Famílias de Reféns e Desaparecidos (Hostages and Missing Families Forum), que reúne familiares de pessoas que desapareceram ou foram capturadas como reféns pelo Hamas, em Israel, no último dia 7 de outubro. A organização enviou uma carta para ao mandatário em nome de 200 famílias, entre elas a de um brasileiro que está desaparecido.
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Segundo o Palácio do Planalto, os familiares relataram as histórias da captura e da perda de contato com seus parentes.
"Vários deles são jovens raptados pelo Hamas durante um festival de música. Alguns sofrem de doenças crônicas e estão sem seus remédios de uso contínuo. Na maior parte dos casos, sequer há evidência de que estejam vivos", diz nota divulgada pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom).
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Após ouvir os relatos, além de condenar ataques de qualquer natureza contra civis, Lula prestou solidariedade àqueles que têm parentes mantidos como reféns ou desaparecidos e e disse estar "pessoalmente empenhado na construção da paz, na libertação dos reféns e na abertura de um corredor humanitário".
O presidente ainda ressaltou que vem mantendo diálogo com líderes internacionais sobre o conflito no Oriente Médio, citando conversas com dirigentes dos Emirados Árabes Unidos, de Israel, da Palestina, do Egito, da França, da Rússia, da Turquia, do Irã, do Catar e do Conselho Europeu para encontrar uma solução.
Conversa com brasileiros em Gaza
Em outra videoconferência, Lula conversou com uma família de brasileiros que está presa na Faixa de Gaza, aguardando a abertura da fronteira com o Egito para ser repatriada.
Os brasileiros relataram o dia a dia em meio ao conflito, escassez de água, energia, alimentos e medicamentos, além da tensão diante dos bombardeios constantes e mortes. Essas pessoas estão alojadas em casas alugadas pela Embaixada do Brasil junto à Autoridade Palestina, na proximidade da fronteira com o Egito, recebendo assistência emergencial.
"O presidente Lula falou da operação de repatriação montada pelo governo brasileiro e ressaltou que serão feitos todos os esforços possíveis para que voltem e permaneçam no Brasil em segurança. Assegurou que manterá o avião presidencial a postos no Cairo, para ser acionado assim que a fronteira for aberta, e que ampla operação de acolhimento está montada no Brasil, sob a coordenação do Ministério da Justiça e Segurança Pública", diz nota divulgada pelo Palácio do Planalto.
Participaram das conversas, além de Lula e os familiares de reféns e os brasileiros em Gaza, o ministro-chefe da Secom, Paulo Pimente, o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA) e o embaixador brasileiro junto à Autoridade Palestina, Alessandro Candeas.