O quadro Orixás da pintora brasileira Djanira da Motta e Silva, que foi retirado do Palácio do Planalto por ordem de Michelle Bolsonaro antes mesmo do marido começar a despachar do local, em 2019, voltará a ter destaque no no Salão Nobre do prédio público onde funciona o núcleo da Presidência da República.
Segundo a socióloga Rosângela Silva, a Janja, o quadro que representa as divindades da religião de matriz africana foi restaurado após ter sido danificado durante o governo Jair Bolsonaro (PL).
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"Havia um furo feito de caneta na tela. Mas vai voltar ao local que pertence, o Palácio do Planalto. Vai estar numa exposição agora em janeiro, mas vai voltar. Aliás, faremos todo o trabalho de recomposição do acervo, vamos tratar isso com muito carinho", disse a primeira-dama durante a posse de Margareth Menezes no recriado Ministério da Cultura.
Orixás já havia sido retirada uma vez do Planalto durante o governo Ernesto Geisel, que era luterano, durante a Ditadura Militar.
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Antes de voltar ao salão nobre, a pintura será exibida na exposição Brasil Futuro: As Formas da Democracia, que entra em cartaz no Museu Nacional da República, em Brasília.
A arte feita em óleo sobre tela nos anos 1960 e foi retirada do Planalto juntamente com outras obras católicas do Palácio da Alvorada antes do clã Bolsonaro assumir o poder, a mando de Michelle, que é evangélica.
No Alvorada foram retiradas cinco peças de simbologia católica: um par de anjos barrocos tocheiros, na biblioteca, e quatro estátuas de santos nas salas de música e de estado. Uma das imagens é uma representação em madeira de Santa Bárbara, do século 18.
As obras católicas tiveram como destino o Palácio do Jaburu, residência oficial do vice-presidente, que foi ocupada por Hamilton Mourão (Republicanos).