Em discurso histórico no ato pela democracia na noite desta segunda-feira (9) na Avenida Paulista, em São Paulo, o deputado federal eleito Guilherme Boulos (PSOL), líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto, pediu a prisão de "todos os golpistas", incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que fugiu para os Estados Unidos e divulgou foto em uma cama de hospital após os ataques terroristas de apoiadores na Praça dos Três Poderes, em Brasília.
"Nós estamos aqui hoje pra dizer que a gente vai exigir a prisão de todos os golpistas, até o fim. Não só dos golpistas que quebraram o Palácio ontem. Nós queremos a prisão deles - e alguns já foram [presos]. Mas, nós queremos a prisão de quem financiou. Não é só do idiota útil que estava na frente do quartel, eu quero ver a prisão do véio da Havan. Não é só de quem acreditou na bravata do bolsonarismo, nós queremos a cassação e a prisão dos deputados que estimularam isso. Da Carla Zambelli, do Ricardo Barros, do Nikolas Ferreira. Um a um. Nós queremos a prisão do Anderson Torres. E acima de tudo, porque a gente não se ilude com o discursinho hipócrita que ele veio ontem, a gente quer a prisão do Bolsonaro, que é o chefe da milícia, é o chefe do golpismo", disse Boulos, sob coro de "ão, ão, ão, Bolsonaro na prisão".
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Boulos ainda afirmou que os atos pela democracia que tomaram as ruas do Brasil nesta segunda é o início de uma mobilização permanente contra o golpismo após dizer que não haverá anistia, sob coro dos ativistas que gritavam: "Sem anistia".
"Depois do que foi aquela tentativa de golpe de estado que aconteceu ontem em Brasília: não vai ter anistia", bradou.
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Recado a Tarcísio
Por fim, Boulos mandou um recado ao governador de São Paulo, Tarcísio Gomes de Freitas, ex-ministro de Jair Bolsonaro.
"Eu quero terminar deixando um recado. Um recado para um cidadão chamado Tarcísio de Freitas. Oh, Tarcísio, você não tenta, nem passe pela sua cabeça, imitar o Ibaneis [Rocha, governador afastado do Distrito Federal]. Porque aqui em São Paulo nós não vamos deixar. Aqui, não. Aqui, não. Se for golpista, canalha, invadir a Assembleia Legislativa e a polícia fizer corpo mole, a gente vai tirar no braço. Aqui, não".
Assista ao discurso de Boulos.