Mesmo detidos no ginásio da Academia Nacional da Polícia Federal, em Brasília, os terroristas apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) seguem criando fake news para incitar grupos golpistas e clamam por Direitos Humanos.
Na noite desta segunda-feira (9), a PF começou a liberar parte dos 1,2 mil detidos no acampamento em frente ao Quartel-General do Exército, que foi desmontado após os atos terroristas por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A prioridade é de mulheres com filhos pequenos e idosos.
Te podría interesar
No final da noite, a PF teve que ir às redes para desmentir uma fake news criada pelos bolsonaristas que estão detidos. Eles usaram uma foto de banco de imagens para propagar a mentira que uma senhora de 77 anos tinha morrido por causa dos maus tratos na detenção.
Te podría interesar
"A Polícia Federal informa que é falsa a informação de que uma mulher idosa teria morrido na data de hoje (9/1) nas dependências da Academia Nacional de Polícia", diz o tuite da PF.
Em vídeo que circulam nos grupos, os terroristas - muitos ficaram acampados por 60 dias em frente ao QG do Exército - clamam por Direitos Humanos na detenção no ginásio da PF, incluindo o direito de carregarem os aparelhos celulares, que seguem sendo usados para propagar fake news, discurso de ódio e incitações ao golpe.
"É lamentável dizer. Estamos aqui sem comida, sem água, sem banheiro. E nós estávamos das 8h da manhã até 14h30 dentro de um ônibus de em pé (SIC). As nossas malas tudo. Estamos tudo feito 'mendingos', sendo humilhados. Agora que consegui carregar meu telefone", diz um dos detidos, mentindo sobre o fornecimento de alimentos, água e a possibilidade de usar o banheiro.
Após o clamor dos terroristas, parlamentares bolsonaristas divulgaram que pretendem acionar o Ministério dos Direitos Humanos, comandado por Silvio Almeida, e a Defensoria Pública da União para pedir o monitoramente das condições de prisão.
Segundo o jornal O Tempo, o pedido de "condições básicas" para os terroristas está sendo feito por Carla Zambelli (PL-SP), Bia Kicis (PL-DF) e Carlos Jordy (PL-RJ), três dos mais ferrenhos bolsonaristas.
Já o deputado mineiro Marcelo Álvaro Antônio (PL-MG), ex-ministro de Bolsonaro, enviou um ofício ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), pedindo a criação de uma comissão parlamentar para acompanhar as prisões realizadas após os atos.
“A fim de evitar arbitrariedades sobretudo contra aqueles que se manifestam de forma pacífica”, diz o documento.