"ORIENTADOS PELO FASCISMO"

Silvio Almeida dá aula a deputadas bolsonaristas que pediram Direitos Humanos aos terroristas presos

Bia Kicis e Carla Zambelli, que idolatram Bolsonaro, pediram ao ministro Silvio Almeida "condições básicas" aos terroristas presos pela destruição do Planalto, Congresso e STF.

Bia Kicis e Carla Zambelli com Bolsonaro e o ministro Silvio Almeida.Créditos: Youtube / Clarice Castro/MDHC
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Em nota divulgada nas redes sociais, o ministro Silvio Almeida, dos Direitos Humanos, respondeu ao pedido de deputados bolsonaristas, como Carla Zambelli (PL-SP), Bia Kicis (PL-DF) e Carlos Jordy (PL-RJ), que pediram melhores condições de tratamento para os terroristas apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) detidos após o desmonte do acampamento em frente ao quartel-general do Exército em Brasília nesta segunda-feira (9).

“Recebemos a informação de que falta água e falta comida para eles. Vamos acionar a DPU e o Ministério dos Direitos Humanos. Entre os detidos, há manifestantes que atuavam de forma pacífica e vândalos. Seja como for, todos necessitam de condições básicas”, afirmou Zambelli, uma das maiores críticas dos Direitos Humanos.

Almeida respondeu nesta terça-feira (10) mas, antes de revelar a decisão, deu uma aula sobre o tema aos negacionistas dos Direitos Humanos que apoiam Bolsonaro.

"Inicialmente, cumpre esclarecer que o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania se alinha totalmente à postura adotada pelo Presidente da e pelos Chefes dos demais poderes no sentido de dar aos atos golpistas e à frustrada tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito o mais rigoroso tratamento, nos termos da lei e da Constituição Federal. Como a história tem mostrado, golpistas são, invariavelmente, violadores de direitos humanos e detratores da cidadania", tuitou.

"A verdadeira defesa dos direitos humanos, portanto, exige o repúdio ao golpismo e à violência promovida por grupos antidemocráticos e orientados pelo fascismo", emendou o ministrou.

Após a aula aos bolsonaristas, Almeida atendeu o pedido "para que a legalidade sempre seja observada".

"Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania informa que mantém contato com o Ministério da Justiça a fim de monitorar a situação das pessoas detidas após as arruaças que se deram em Brasília no último domingo (8). As prisões em flagrante estão sendo lavradas e as pastas irão atuar conjuntamente para que a legalidade sempre seja observada", afirmou.

Por fim, Silvio Almeida se solidarizou com a população encarcerada, em sua maioria pobre.

"Por oportuno, o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania gostaria de expressar sua preocupação com todas as pessoas deste país que se encontram em situação de cárcere - sem exceção - e que em sua grande maioria, são pessoas pobres e desamparadas", finalizou.