O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está em alerta diante da ameaça de novos atos terroristas que estão sendo planejados por apoiadores de Jair Bolsonaro.
Mesmo após a prisão de mais de 1500 pessoas que participaram dos atos de invasão e depredação aos edifícios sede dos Poderes em Brasília, do comandante da Polícia Militar que coordenou a corporação no último domingo (8), dia do levante golpista, e de outras ações da Justiça, como o afastamento do governador do Distrito Federal e a ordem de prisão contra o agora ex-secretário de Segurança Pública, Anderson Torres, bolsonaristas fanáticos organizam para esta quarta-feira (11) mais atos antidemocráticos em inúmeras cidades e também na capital federal.
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A Advocacia-Geral da União (AGU) detectou a ameaça a partir de monitoramento, principalmente, de grupos de Telegram. A "Mega Manifestação Nacional pela Retomada do Poder”, como os bolsonaristas vêm chamando a tentativa de golpe, envolve caravanas saindo de inúmeras partes do país rumo a Brasília, em uma tentativa de repetir o episódio de vandalismo que foi notícia em todo o mundo.
O Supremo Tribunal Federal (STF) já recebeu da AGU, nesta terça-feira (10), um "dossiê" detalhando os planejamentos dos bolsonaristas. O órgão pede para que a Corte tome “medidas imediatas, preventivas e necessárias” para impedir “qualquer tentativa” de invasão a prédios públicos e evitar a obstrução de vias urbanas ou rodovias.
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"O que se observa é nova tentativa de ameaça ao Estado democrático de Direito, o qual deve ser salvaguardado e protegido, evitando-se para tanto o abuso do direito de reunião, utilizado como ilegal e inconstitucional invólucro para verdadeiros atos atentatórios ao Estado democrático de Direito", diz a AGU, que pede ainda para que a Corte obrigue a Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e a PM de todos os estados a identificar os veículos utilizados para a nova tentativa de terrorismo e que informe os nomes de todos que aderirem aos atos golpistas.
Ainda nesta terça-feira (10), o secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli, que foi nomeado interventor da Segurança Pública no DF após o levante golpista de domingo, informou que exonerou da pasta, "todos os nomeados pelo Sr. Anderson Torres". "Vamos procurar restabelecer no comando do órgão a equipe que comandou com sucesso a operação de segurança da posse do presidente Lula", informou Cappelli.