Que o presidente Jair Bolsonaro e os integrantes de seu governo não são dados a respeitar liturgias, manter o decoro e manifestarem-se com educação, sobretudo no exterior, isso todo mundo já sabe. No entanto, algumas atitudes, de tão esdrúxulas e absurdas, geram uma grande indignação nos cidadãos, como se eles já não estivessem acostumados à bizarrice cotidiana da gestão caótica do líder de extrema-direita.
A primeira-dama, Michelle Bolsonaro, que por seu look Jacqueline Kennedy Onassis feat. viúva Perpétua, além da postura esfuziante de quem vai a uma festa, e não a um funeral de Estado, já tinha despertado críticas pela passagem extravagante no féretro da rainha Elizabeth II. Só que agora, a falta de noção, elegância e probidade parece ter passado de todos os limites.
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Michelle fez uma “publi” (propaganda) no seu stories do Instagram, utilizando uma postagem de seu maquiador e fiel escudeiro Augistin Fernandez, divulgando o nome de duas estilistas que produziram seu vestido e seu chapéu.
Não há qualquer informação de que a propaganda tenha rendido dinheiro ou outro tipo de ganho financeiro à primeira-dama, mas a atitude é desconcertante, haja vista que ela é esposa do presidente da República e foi à cerimônia de Estado britânica como representante do Estado brasileiro. A natureza do evento (fúnebre) também virou alvo de críticas por parte de muitos brasileiros, já que toda a badalação e forçação de barra para aparecer em publicações de celebridades, numa circunstância daquela, é vista por muita gente como deplorável.
Aliás, ainda que a circunstância fosse outra, a esposa de um chefe de Estado usar peças e acessórios para depois fazer divulgação em redes sociais soa como absurda, sem espaço na vida pública e passível de gerar desconfianças. No entanto, essa não foi a primeira vez que a primeira-dama fez esse tipo de coisa.
Veja a propaganda feita por Michelle: