Em encontro com diversas etnias indígenas em Belém (PA) na manhã desta sexta-feira (2), Lula (PT) fez um forte discurso da laicidade do Estado e da separação entre política partidária e religião após ser aclamado "pajé" pelos povos originários.
"O Estado brasileiro não pode ter religião. O estado é laico e eu sou católico. E, eu acho, que da mesma forma que o Estado não pode ter religião, a igreja não pode ter partido", afirmou em indireta ao uso político das religiões evangélicas neopentecostais por Jair Bolsonaro (PL).
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O petista disse ainda que todas as religiões devem ser respeitadas e que isso será uma questão muito forte em eventual terceiro mandato no Planalto.
"Eu quero que vocês saibam que todas as religiões desse país serão profundamente respeitadas. Todo mundo tem o direito de crer em seu deus e de professar a sua fé. Então, haverá respeito a todas as religiões: as religiões de matriz africana, aos evangélicos, aos católicos, aos judaicos, aos islâmicos. Todo mundo será respeitado porque é isso que está na Constituição Brasileira", disse Lula, lembrando que "foi em meu governo que criamos a lei de liberdade religiosa e marcha para Jesus".
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Lula ainda brincou dizendo que não sabe se tem capacidade de ser "pajé" e "guardião da floresta" - títulos que ganhou dos povos indígenas. "Mas, sei que com vocês nós seremos guardiães até do mundo".
Em seu discurso Lula ainda se comprometeu com a preservação da floresta amazônica e enfatizou que em seu governo "a boiada não vai passar mais".
"Nós temos que criar na sociedade brasileira a consciência de que a manutenção da floresta em pé é mais importante e rentável do que tentar derrubar árvore para plantar soja, milho, cana ou criar gado", afirmou.