De acordo com nova pesquisa AtlasIntel, o candidato Jerônimo Rodrigues (PT) segue em linha ascendente e já está tecnicamente empatado com ACM Neto (União Brasil). Com apenas dois meses e quatro rodadas de pesquisa, Jerônimo saltou de 32,6% para 40,3%, enquanto ACM Neto interrompeu tendência de queda e aparece com 40,8%, uma diferença de 0,5% para o petista.
O candidato bolsonarista João Roma (PL), ex-ministro da Cidadania, aparece em terceiro lugar com 12,3%.
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Segundo turno
Na simulação de segundo turno, ACM aparece com 47,5% contra 42,9% de Jerônimo, uma vantagem 0,6 ponto acima da margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
João Roma, por sua vez, perde no segundo turno para os dois, com 21,3% diante de Jerônimo e 19,1% frente a ACM Neto.
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Disputa acirrada
O executivo-chefe da AtlasIntel e cientista político, Andrei Roman, considera que a recuperação de ACM Neto é um movimento de migração e não de conquista de eleitorado.
“Basicamente, o ACM recuperou o eleitorado de Bolsonaro que, percebendo que Roma não está avançando, prefere mudar o voto para reduzir as chances de vitória de Jerônimo. Praticamente tudo que ACM ganhou nessa pesquisa veio de João Roma”, diz Roman.
Andrei avalia ainda que “a corrida da Bahia tem todos os ingredientes para um final acirrado, de grande emoção. Do lado do Jerônimo, ainda existe um excelente potencial de converter eleitores do Lula que hoje ainda não o conhecem e, por conta disso, acabam optando por ACM”.
Quando analisadas as intenções de voto para governador e presidente, ACM Neto tem 32,7% dos votos de Lula e 48,6% dos eleitores de Bolsonaro. No mesmo cruzamento, Jerônimo tem 61,5% dos eleitores de Lula e 0,3% dos eleitores bolsonaristas.
“Parecia que o ACM estava muito forte, ia ganhar no primeiro turno, não existia competição real. À medida que Jerônimo se fortalece, com a convergência das outras pesquisas ao que a Atlas já vinha detectando, existe uma tendência muito clara do eleitor de Roma de apoiar ACM”, avalia o cientista político.
E complementa: “O eleitor de Roma defende abertamente os valores propagados por Bolsonaro, enquanto a estratégia de ACM mantém a ambiguidade. Por isso ele não participa de debates, não se apresenta com clareza ao eleitor. Assumir posições tem um custo político”.
Com informações de A Tarde