Em sabatina ao SPTV 1ª Edição (Rede Globo) desta quarta-feira (14), o candidato do PT ao governo de São Paulo, Fernando Haddad, quando questionado sobre as suas propostas para segurança pública no estado, declarou que hoje uma das questões mais graves é a falta de efetivo da Polícia Civil, que fica incapacitada de fazer investigações e atuar na raiz de certos crimes.
“Nós estamos precisando de mais efetivos, sobretudo a Polícia Civil, que hoje não tem condições de investigar os crimes. Quando você vê essa quantidade de celulares roubados, cada três celulares roubados no Brasil, um é roubado em São Paulo, ou seja, 1/3 dos celulares roubados no Brasil, são roubados aqui em São Paulo, mas aí você fala, 'vou aumentar o policiamento ostensivo e prender em flagrante, você vai prender uma fração mínima em flagrante. O que vai resolver é: quando você captura alguém roubando o celular, o celular tem um destino e é lá que está o problema, você tem que chegar no ninho da organização criminosa que é receptação de moto, de carro roubado e a receptação do celular roubado. Se você não chegar no núcleo da receptação, você cai ficar enxugando gelo. Você vai ter 300 mil pessoas presas e a sensação de insegurança vai permanecer”, explicou Haddad.
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Em seguida, o apresentador do SPTV destacou o fato de o programa de governo de Haddad defender uma mudança e reforma estruturais na política de segurança pública e afirmou que parte dos agentes de segurança comungam de ideologias contrárias à do PT. O candidato petista foi enfático e afirmou que a polícia não pode ter partido político.
"Polícia não pode ter partido, polícia tem dever com o Estado, é uma política de Estado e se mudar o comando da polícia porque o povo entendeu que é hora de mudar, cabe ao servidor público atender as novas diretrizes dada pelo povo. Não é o Fernando Haddad que vai mudar, é o plano de governo que foi aprovado nas urnas, os servidores têm que respeitar a democracia como qualquer cidadão”, afirmou Fernando Haddad.