O presidente Jair Bolsonaro (PL) já gastou quase seis vezes mais em sua campanha à reeleição do que na corrida presidencial de 2018. De acordo com a Justiça Eleitoral, até as 22h de ontem, a equipe bolsonarista contratou despesas de R$ 14,66 milhões nestas eleições.
Se somar primeiro e segundo turno de 2018, os gastos foram de R$ 2,45 milhões, equivalentes a atuais R$ 2,65 milhões corrigidos pela inflação.
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Apesar disso, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), coordenador do projeto de reeleição do pai, afirma estar “muito preocupado porque o dinheiro do partido acabou”. Ele admitiu em entrevista ao Globo a frustração com as cifras doadas até agora por pessoas físicas, apesar de o presidente ter sido o candidato que mais arrecadou neste formato, R$ 10,8 milhões.
Flávio disse ainda que candidatos a deputado federal, estadual e distrital do PL acabam não ajudando a impulsionar a candidatura de Bolsonaro.
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“O dinheiro que aguardávamos que viesse com as arrecadações estão sendo realizadas de forma muito lenta ainda. Isso atrapalha muito. Fazemos conta para ver quanto custa o deslocamento do presidente de um lugar para outro”, disse Flávio. “Poderíamos estar com uma força muito maior, com capilaridade muito maior com os candidatos do PL a deputado federal e estadual com mais recurso para fazer a campanha e levando o nome do Bolsonaro. Isso não está acontecendo porque não tem recurso. Esse é sim um ponto crítico da nossa campanha”, desabafou.
Aperto
O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, publicou na semana passada um vídeo nas redes socais afirmando que há uma “dificuldade muito grande” e que se não houver doações o partido passará por um “aperto”.
“Nós temos esse quadro hoje, a dificuldade é muito grande. Se nós não tivermos doações, vamos passar um aperto muito grande”, afirmou. “É essa satisfação (prestação de contas) que eu queria dar para todos vocês, para que a gente continue trabalhando para receber doações. As doações são muito importantes para nós. O dinheiro que vem do fundo não é suficiente”, encerrou.