Em declaração conjunta à imprensa na manhã desta segunda-feira (12), Lula (PT) e Marina Silva (Rede) selaram o apoio da ex-ministra do Meio Ambiente em um reencontro considerado "histórico" pelo ex-presidente e candidato petista, que lidera as pesquisas de intenção de votos para presidente.
"Essa reunião de hoje mostra ao mundo que queremos fazer mais e melhor", disse Lula citando os fundos da Alemanha e Noruega para proteção da Amazônia negociados em seu governo e interrompidos por Jair Bolsonaro.
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"Há muito tempo havia a expectativa que o Lula e a Marina iriam conversar. Nós nunca deixamos de conversar, apenas nós desencontramos e agora nos reencontramos para cuidar da política ambiental, mas sobretudo para cuidar desse país. Para cuidar do povo trabalhador, dos 33 milhões que estão com fome, para voltar a investir na educação, nas universidades, na ciência e tecnologia, na saúde e para dar ao povo brasileiro o mínimo de cidadania que ele precisa", emendou Lula antes de beijar a testa de Marina.
Em sua declaração, Lula ainda lembrou quando conheceu Marina Silva e a luta da acreana pela preservação do meio ambiente.
"Eu conheci a Marina ainda menina no Acre, aos 20 anos de idade, já querendo fazer a revolução. Marina não mudou seus princípios, suas convicções. O Brasil que ela quer construir continua intacto na Marina que conheci e na Marina que existe hoje", afirmou.
Lula ainda confessou que nunca esteve "tão distante politicamente, ideologicamente, da Marina" e, ao lado de Geraldo Alckmin (PSB), ressaltou que o momento atual no Brasil exige maior compreensão.
"Esse reencontro é importante por algumas razões. Não apenas pela qualidade de proposta que a Marina apresenta, mas eu penso que muito mais pelo momento politico que estamos vivendo. Momento que exige mais compreensão das pessoas que fazem política. A democracia está correndo risco nesse país", afirmou.
Lula ainda listou os diversos casos de violência política protagonizada por apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) contra progressistas e citou a humilhação feita pelo ruralista Cássio Joel Cenali ao doar uma marmita para a diarista Ilza Ramos Rodrigues em vídeo que viralizou nas redes.
"Cena grotesca, violenta, humilhante do comportamento de um reacionário de um bolsonarista entregando a cesta básica para uma companheira que precisava do alimento e teve a pachorra de perguntar em quem ela ia votar", disse Lula, afirmando que não era necessário que o ruralista mandasse a mulher pedir para ele alimentos.
"Ele não precisava mandar ela pedir porque a única razão que tenho para voltar a ser candidato a presidente da República é que nós temos que fazer mais do que nós fizemos no primeiro mandato", afirmou.
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