ELEIÇÕES 2022

Lula reencontra Marina e sela apoio na luta contra fascismo de Bolsonaro

“Conversamos por duas horas e ela me apresentou propostas para um Brasil mais sustentável, mais justo e que volte a proteger o meio ambiente”, disse Lula

Lula e Marina: reencontro.Créditos: Reprodução/Twitter Lula
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Lula (PT) selou as pazes com a ex-ministra do Meio Ambiente, Marina Silva (Rede). O petista revelou em suas redes sociais, neste domingo (11), o encontro entre os dois e o apoio da ambientalista ao ex-presidente. Ambos estão dispostos a varrer do país o fascismo do governo de Jair Bolsonaro (PL).

“Hoje, a meu convite, depois de muitos anos, reencontrei com Marina Silva. Relembramos da nossa história, desde quando nos conhecemos. Conversamos por duas horas e ela me apresentou propostas para um Brasil mais sustentável, mais justo e que volte a proteger o meio ambiente”.

Lula e Marina concedem entrevista coletiva à imprensa, nesta segunda-feira (12), às 11 horas, em São Paulo. Às 20 horas, o ex-presidente será sabatinado na CNN Brasil.

Em julho, durante entrevista a Mauro Lopes e Cynara Menezes, no Fórum Café, Marina Silva, candidata a deputada federal pela Rede em São Paulo, voltou a sinalizar que estava aberta ao diálogo com Lula e disse que não há "mágoa ou rancor" em relação ao ex-presidente, que lidera as pesquisas de intenção de voto para a disputa ao Planalto.

Aberta ao diálogo

"Eu estou aberta ao diálogo. Em cima de ideias, propostas. Tenho tirado totalmente da cena essa história que é uma questão de mágoa, uma questão de rancor. E acredito que da parte do presidente Lula também não se trate disso e obviamente que ele tem o tempo dele. Ele mesmo tem suas avaliações políticas", disse a ex-ministra.

Marina, no entanto, cobrou uma "autocrítica" tanto do PT quanto do PSDB pela antiga polarização que, segundo ela, teria resultado na eleição de Jair Bolsonaro (PL) em 2018.

"Eu tenho uma visão em termos políticos de que o PT e o PSDB devem, sim, fazer uma autocrítica, porque eles são partidos que ficaram todos esses anos no poder após a reconquista da democracia e, em seguida, vem o Bolsonaro. E eu tenho uma avaliação: foi porque nós não fomos capazes de criar um ecossistema que favorecesse a alternância de poder e a democracia. A polarização PT/PSDB foi matando tudo o que surgia embaixo. E na democracia você não pode ter apenas dois polos, duas colunas, senão não tem como enfrentar a caminhada", afirmou.